depois de velho, continuou tarado.

quarta-feira, agosto 31, 2005

Inventário felino nine: Gato Juba.

- gato juba -

Amigão. Em uma palavra esse é o Gato Juba. O mais simpático de todos. Parece aqueles grandalhões de filmes americanos. Forte e doce. Pelo seu tamanho poderia bater, mas prefere lamber.

Um dia meu irmão resolveu entrar no site adote um gatinho, ponto com, ponto bê-erre. Viu uma gata preta com seu filhote. Gostou, mas alguém chegou na frente. Temos uma outra mãe e filho que acabou de chegar, ainda não tivemos tempo de colocar no site, disse a mulher do outro lado. Assim, vieram a Mel – pelos olhos cor de - e o Juba – ainda não era Gato e tinha uma bela juba cinza.

Todos os gatos novos, que vieram depois dele, o adoram. Gato Juba dificilmente está só. Talvez porque ele os deixe “mamar” em seus mamilos secos. Ficam lá lambendo e ele não faz nada. Nem todos os mais velhos gostam dele. A Millá, por exemplo. Mas mesmo assim não brigam de verdade. Apenas uns tapas de vez em quando.

Depois que mudamos pra casa, a Mel foi atropelada e morreu. Com o tempo, Juba perdeu a juba e passou a ser Gato Juba. É calmo, tranqüilo. Adora ficar perto da gente. Dorme de barriga pra cima e os jovens o imitam nisso.
Veio antes da Alba e da Chica. É o primeiro dos pretos aqui de casa.

terça-feira, agosto 30, 2005

144

"Alila" (idem)
dir: Amos Gitai;
com: Yaël Abecassis, Uri Klauzner e Hana Laszlo;
Israel.

segunda-feira, agosto 29, 2005

A bela e o idiota.

Domingo que passou, saiu no caderno Mais! da folha uma entrevista com o Lars von Trier. O cineasta mais chato da atualidade. Nas páginas mais chatas do jornalismo brasileiro. Li por cima. Não me interessou. Este dinamarquês faz o mesmo filme há um tempo. Apenas muda o embrulho. E toda a crítica e público o adoram. Chega do idiota.

Logo depois tem uma divertida entrevista com Bryce Dallas Howard. Atriz principal do "novo" filme do acima citado. É a menina de A Vila (blergh!). A melhor coisa que Ron Howard fez em toda a vida. Bela. Ruiva. Sardentinha. Olhos claros. Cara de menina que aprontou. Mas jeitinho de santa. Na matéria ela diz que nunca colocou uma gota de álcool na boca. Que começou a ser vegan. É, nem tudo é perfeito. Meu plano de embebedá-la foi pro bebeléu.

Se me encontrarem na fila para ver a continuação de Dogville, já sabem a razão.


- a bela -

143

"Casa vazia" (Bin-jip)
dir: Kim Ki-duk;
com: Seung-yeon Lee, Hyun-kyoon Lee e Hyuk-ho Kwon;
Coréia.

quinta-feira, agosto 25, 2005

Inventário felino VIII: Chica


- chica -

Acordei hoje e me perguntaram, “Você viu a Chica?”. Tinha acabado de levantar, minha resposta foi um óbvio não. Sentei para ler o jornal, aí pensei, será que a gata foi sumir justo quando vou escrever sobre ela?

Pode não parecer, mas a Chica é irmã da Alba. Tão diferentes quanto pipoca e piruá. São da mesma ninhada, mas devem ter pais diferentes. Isso é comum entre os gatos. A fêmea no cio trepa adoidado com quem tiver coragem de enfrentá-la.

É uma gata sossegada. Gosta de ficar no canto dela. Não arruma encrenca com ninguém. Tem um corpo forte. É densa. Pesa mais do que aparenta. Gosta muito de carinho, mas não de colo. Nem de ser carregada. Nos dias mais carentes ela fica no nosso pé. Esfregando a cabeça na gente.

Tentamos alguns nomes, mas o único que pegou foi um de humanos. É a primeira que recebeu um desse tipo. Chica, de Francisca. Mas, carinhosamente, a chamamos de Chicabom ou Chicória.

Algumas horas depois ela apareceu. Dormindo em cima de uma caixas.

o carteiro trouxe.


- hey, mr. postman -

Não é um dos meus gatos. É um cartão.
Alguém além-mar lembrou de mim.
Recebi hoje. É bom receber postais.
Você aí, quando for viajar, não esqueça de levar meu endereço!

quarta-feira, agosto 24, 2005

142

"Hotel Ruanda" (Hotel Rwanda)
dir: Terry George;
com: Don Cheadle, Desmond Dube, Nick Nolte e Sophie Okonedo;
EUA.

terça-feira, agosto 23, 2005

141

"A sogra" (Monster-in-Law)
dir: Robert Luketic;
com: Jennifer Lopez, Jane Fonda e Michael Vartan;
EUA.

segunda-feira, agosto 22, 2005

A número um.


- pras cabeças -

Posdrovlayem, Sharapova!
Hoje Maria acordou como a tenista número um do mundo. Isso sem ter jogado, e muito menos ganhado, algo no final de semana. Raking do tênis tem estas coisas. É que a americana tinha mais pontos para defender e também não jogou. Azar dela. Sorte da russa.

É a primeira vez que uma tenista da Russia fica no topo do ranking. Ela é a décima quinta primeira colocada, desde 1975, quando começaram a contar os pontos.

Torço para que ela fique por muito tempo sendo a primeira. Mas se ela cair e voltar, cair e voltar, é uma boa desculpa para continuar colocando suas fotos aqui. O negócio é que Maria Sharapova já era a primeira em meus pensamentos há muito tempo.

Spasibo, Maria!
Posdrovlayem, Sharapova!

domingo, agosto 21, 2005

Inventário felino sete: Alba.


- alba -


Dia de compras. De comida de gatos. Muitos gatos, muita comida. Assim, íamos num lugar comprar de montão. Lá existe um local separado com gatinhos para adoção. Normalmente evitamos entrar ali, para não arrumarmos mais felinos. Não sei porquê, mas entramos neste dia.

Eu e minha mãe acabamos gostando muito de uma gatinha. Tigrada e simpática. Resolvemos levar. Porém, exigiram documentos que não tínhamos naquela hora. Comprovante de residência. Amanhã voltamos e levamos. Engano nosso. No dia seguinte outra pessoa já havia adotado a tal gata. Contudo, a mocinha que atendia disse que alguém havia deixado uma caixa com quatro gatinhos novos na porta da loja.

Minha mãe foi olhar. Muita gente em volta dos bichinhos. Um deles já arrumou dono. Só três restavam. Logo que viu aquela bola de pêlos brancos, minha velha resolveu levar. Era a Alba.
Dos dois restantes, um era macho, outro fêmea. Dona L. ficou com pena da gatinha restante. Era tão feinha, usou como desculpa. Era a Chica, irmã de Alba. Mas essa é outra história.

Alba é uma bela gata. Que gosta de subir no telhado dos vizinhos. Assim está sempre suja. Levemente acinzentada. Nem por isso perde seu ar de dondoca. Nunca foi de brincar muito. Pequena, sempre fugiu dos nossos colos e carinhos. Grande, agora mia pedindo atenção.

sábado, agosto 20, 2005

139 e 140

"Ladrão de sonhos" (La Cité des enfants perdus)
dir: Marc Caro e Jean-Pierre Jeunet;
com: Ron Perlman, Judith Vittet, Dominique Pinon e Jean-Claude Dreyfus;
1995, França.

"Desejo e obsessão" (Trouble Every Day)
dir: Claire Denis;
com: Vincent Gallo, Tricia Vessey, Béatrice Dalle e Florence Loiret;
2001, França.

tradição besta.

Acabo de voltar de um casamento.
Cada vez que vou à um destes rituais fico pensando por que as pessoas ainda mantém essa tradição. Ok, casar, juntar, dividir espaço com alguém querido é compreensível. Assinar um papel, oficializar o negócio todo, mudar o estado civil, eu entendo. Mas aquela cerimônia enfadonha e machista foge da minha compreensão.

Algum dia toda aquela representação teve um significado. Tinha um motivo. Hoje, eles se perderam. A noiva de branco. Ora, tem que ser muito ingênuo para crer que a noiva ainda é virgem. A cor tem este propósito. E mesmo quem vai para o terceiro casamento, sobe toda alva no altar.

O pai entregar a filha para o esposo. Antes eram os pais quem escolhiam os maridos. Passavam a donzela e recebiam um belo dote. Tinham de conhecer bem o pretendente. Negociar o pagamento. Esta hora na cerimônia representava a aprovação final. Atualmente, a filha elege e avisa aos pais. Se não gostarem, danem-se. Casa-se do mesmo modo. E entrega-se a filha do mesmo jeito.

A escolha da igreja (ou local para o evento). Antigamente os casamentos eram realizados na paróquia que os noivos freqüentavam. As pessoas que ali estavam, participavam do cotidiano deles. Agora, determinam o lugar pela beleza. Pelo status. Ou pelo preço - pode ser bem longe, mas é mais barato. Convidam um mundaréu de gente. Evita-se o constrangimento de não chamar quem não é realmente próximo. Vira uma festa enorme num lugar ermo, com decoração padrão.

E a questão que não quer calar: Porque diabos casar na igreja se nenhum dos noivos é católico? E esse papo de católico não-praticante não cola pra mim. Que merda serve um crente que não crê? Que não reza? Ou que só ora nos apertos? Muçulmano que é muçulmano vira-se para Meca e faz suas orações algumas vezes por dia. Cristão nem vai aos domingos na missa. Mas tudo bem, basta fazer um curso, por um preço baratinho.

Por tudo isso, passo até a ver com outros olhos a escolha de Bento XVI para o papado. Se ele realmente for linha dura, deve acabar com esta desvalorização dos valores cristãos. Irá retomar as origens. Tirar a Igreja de cima do muro, que é contra os métodos anticoncepcionais, porém une qualquer casal que pagar o aluguel do espaço.

Onde estão as feministas que não fizeram protestos contra os casamentos? Quer ritual mais machista? O pai entrega a noiva, de branco, virgem e pura, para um outro homem, que dali em diante é quem manda nela. Lutar pelas africanas que tem o clitóris decepado é fácil. Reclamar dos árabes poligâmicos é óbvio. Pelejar contra o casamento é complicado. É guerrear com os próprios sonhos. Isso eu gostaria de ver.

Não é por que é uma tradição que deve ser respeitada. Senão escreveríamos com ph. Andaríamos de chapéu. Uma pessoa bronzeada de sol seria feia. E os negros estariam acorrentados. Phoda-se!

Esta é uma reflexão que faço há tempos. Nada contra os noivos de hoje. Espero que sejam muito felizes.

Honestamente, a cerimônia de casamento tem muitos signos e significados. Eles se perderam. Poucos poderiam se casar genuinamente. Isso deveria ser o prêmio para quem realmente levasse a sério. Hoje não há diferença entre casar ou comprar um tênis. Quem faz, faz pois tem o dinheiro e acha bonito.

sexta-feira, agosto 19, 2005

138

"Anjos da noite"
dir: Wilson Barros;
com: Antônio Fagundes, Zezé Motta, Chiquinho Brandão e Marília Pêra;
1987, Brasil.

quarta-feira, agosto 17, 2005

Lobisomem.

Acordei hoje com uma vontade enorme de ser machista. Algo primitivo. Indo pro trabalho, no carro, buzinei para uma mulher que passava. Ela olhou, indignada. Mostrei a língua em resposta. Não como Albert Einstein. Estava mais para Gene Simmons do Kiss. De nariz empinado a fêmea ofendida foi embora. Ainda deu tempo de gritar, “Ô lá em casa!”. Soltei o monstro. Senti um grande alívio.
Ufa!

Inventário felino VI: Branca.

- branca -

Repara bem nos olhos dela. É vesga! Minha mãe jura, de pé junto, que quando ela chegou em casa era toda branca. Por isso recebeu o nome. Depois, comendo ração balanceada, seu pêlo adquiriu estas manchas acinzentadas. Como eu estava viajando nesta época, não posso confirmar. De qualquer maneira, ela é muito gata.

Se fosse gente, ela seria ou alpinista, ou socióloga. Alpinista, pois adora escalar tudo. Cortinas, grades, televisão, cercas, árvores. Quase não pula, prefere usar as patas para subir na vida. Socióloga. Logo que chegou em casa curtia muito ficar olhando as nossas ações. Sentava e observava. A gente tomando banho, fazendo comida, assistindo TV. Parecia querer entender aquela raça que era tão boa pra ela.

Depois que mudamos para a casa, ela adoeceu. Ficou muito mal. Teve de tomar antibióticos. Melhorou. Agora está bem saudável. Passou a comer mais e de tudo. Ganhou peso, mas não é gorda.

Tenho muito contato com ela. Dorme comigo e brincamos muito juntos. O curioso é que, na hora da brincadeira ela arranha mesmo. Porém, se é algo sério ela nem patada dá.
Considero a gata mais divertida daqui.

segunda-feira, agosto 15, 2005

humor de crise.

Angeli. Hoje na folha.

humor na crise.

Angeli. Saiu ontem na folha.

domingo, agosto 14, 2005

Inventário felino five: Gaba.


- gaba -

2000. Poucos dias depois do falecimento da Frozô, quando esperava o elevador no hall do prédio, minha mãe sentiu a Gaba se enroscando em sua perna. Coincidentemente, ambas tem um padrão de cores muito parecido. As semelhanças terminam por aí, para quem acredita em re-encarnação.

Veio magrinha, mas hoje é uma das mais gorduchas. Come muito. Quando coloca barriga pra cima, fica parecendo uma pequena bola. Adora conhecer visitas. Logo pula no colo dos desconhecidos. Enchendo de pêlos. Com a mesma facilidade que chega, ela vai.

Costumava brincar muito com a Gaba, colocava-a em cima da mesa e ficava provocando. Dando uns tapinhas e tal. Quem via de fora achava que eu estava espancando-a. Mas ela se divertia muito. Sempre pedia mais. Nesta época minha mão vivia cheia de arranhões. Ela não perdoa, arranha mesmo.

Gaba vem de vagaba. Vagaba vem vagabunda. Gaba é, sem dúvida, a mais vagabunda daqui de casa.

137

"Aprendendo a mentir" (Liegen lernen)
dir: Hendrik Handloegten;
com: Fabian Busch, Susanne Bormann e Fritzi Haberlandt;
Alemanha.

sábado, agosto 13, 2005

134, 135 e 136

"Barton Fink - delírios de Hollywood" (Barton Fink)
dir: Joel e Ethan Cohen;
com: John Torturro, John Goodman e Steve Buscemi;
1991, EUA.

"O gabinete do dr. Caligari" (Das Kabinett des Doktor Caligari)
dir: Robert Wiene;
com: Werner Krauss, Conrad Veidt e Lil Dagover;
1920, Alemanha.

"Água negra" (Dark water)
dir: Walter Salles;
com: Jennifer Connelly, John C. Riley e Tim Roth;
EUA.

sexta-feira, agosto 12, 2005

Inventário felino Quatro: Tetéia.

- tetéia -

Tetéia nasceu alguns meses depois da Millá. O Bôh não perdeu tempo e logo engravidou a Frozô de novo. Apesar de serem irmãs, com poucos meses de diferença, elas nunca brincaram muito juntas. Sempre preferiram a companhia de gente do que a de outros gatos.

É uma gata extremamente assustada. Qualquer barulho ou movimento brusco, ela sai correndo. Vai se esconder no quarto da minha mãe. De preferência dentro do armário. Assim, poucas visitas a conhecem.

Ficou em casa por ser tricolor. Não temos nenhuma outra com esse padrão. E também por se parecer com uma antiga gata nossa, a Tila.

Adorava ficar segurando as tetinhas da mãe. Até quando a Frozô levantava, ela não largava. Inclusive na Nina ela chegou a mamar. Daí vem seu peculiar nome.

quinta-feira, agosto 11, 2005

133

"O castelo animado" (Hauru no ugoku shiro)
dir: Hayao Miyazaki;
com: Chieko Baisho, Takuya Kimura e Akihiro Miwa;
Japão.

quarta-feira, agosto 10, 2005

Inventário felino III: Millá.

- millá-

Millá é a única gata que sabemos a data do nascimento com precisão. 27 de julho de 1995. Isso porque nasceu no mesmo dia de um conhecido.

É uma das filhas do Bôh com a Frozô. Ficou em casa porque eu quis. Desde pequena já gostava muito dela. Brincávamos bastante. Acostumei-a a dormir comigo. De vez em quando brigava com a Pique por um lugar na minha cama. E hoje, não importa onde estou dormindo, ela se ajeita perto. Na cama da minha mãe, no sofá, na poltrona. Sempre está logo ali.

Quando era pequena, minha mãe dizia que as listras em seu rosto pareciam máscaras africanas. Então, homenageamos o jogador camaronês Roger Millá, que disputou as copas de 90 e 94.

Nunca foi gorda. Quando tem problemas na pele, alguma alergia, ela não vem dormir comigo. Prefere ficar no seu canto. Hoje não brinca mais. Gosta de carinho e do colo.

Curto escutar o ronronar dela. E, quando está gostando, ela me lambe bastante.

terça-feira, agosto 09, 2005

Inventário felino II: Bôh.


- boh -

Quando o Bôh chegou em casa ele tinha outro nome. Lila. Por algum motivo, ainda não explicado, minha tia achou que era uma fêmea. Ela morava em casa, não queria ter crias, nem castrar. Passou pra gente. Logo minha irmã adotou a Lila. Um belo dia, quando acariciava a barriga, descobriu bolas!

Antes de ser Bôh, recebeu apelidos delicados. Nenhum pegou. Sorte dele. Bôh funcionou porque já chamávamos minha irmã de Gôh.
Por que Gõh? Por que Bôh? Isso não vem ao caso.

Nesta época não castrávamos os felinos. Ele tinha três gatas para escolher. A Pique, a Nina e a Frozô. Das duas primeiras ele cansou de apanhar. Sobrou a última para ser mãe de seus filhos. Houveram várias crias de Bôh com Frozô. Duas de suas filhas ficaram conosco. A Millá e a Tetéia.

Bôh sempre teve uma bonita pelagem loira ou ruiva, dependendo da época. Mas sempre teve o problema de deixar bosta presa nos pelos perto do ânus. Além disso, costuma vomitar bolas de pelos. Sua bela cabeleira é seu charme e a sua desgraça.

Está conosco desde fevereiro de 1993.

south park.

Já pensou em se transformar num personagem do South Park? Pois é, com este site você pode parar de imaginar. É só escolher olhos, boca, corpo, pernas e alguns detalhes a mais... e pronto!

Olha lá eu e um grande amigo. Tenho que ser honesto, minha barba tem outro desenho e meu camarada não é tão careca assim ainda. Entra e divirta-se.

132

"Nem tudo é o que parece" (Layer Cake)
dir: Matthew Vaughn;
com: Daniel Craig, Tom Hardy e Sienna Miller;
Inglaterra.

segunda-feira, agosto 08, 2005

Inventário felino I: Nina.


- nina -


Nina é a gata mais velha de casa. Tem 18 anos. Nasceu e vive conosco desde o primeiro dia. É filha da Pique, que faleceu em janeiro do ano passado.

A Pique já era nossa há quase um ano quando resolvemos que seria uma boa ela cruzar. A levamos até o apartamento de um gato mais velho, porém igualmente virgem. Passou uma ou duas noites lá. Voltou sem termos certeza de que tinha dado certo.

Deu. Nasceu uma ninhada de um. Uma, quer dizer. A Nina.
Uma gata rechonchuda. Carinhosa. Brincou muito quando pequena. Depois cansou. Teve algumas crias. E cuidava dos filhotes com muito carinho, aprendeu com a Pique. Chegou até atacar meu irmão, quando achou que era uma ameaça. Mesmo assim, se tem um dono dela aqui em casa é o meu irmão.

Depois que foi castrada engordou bastante. Por um tempo foi a mais pesada. Gosta de ficar perto de gente. Faça frio ou calor. Nunca foi de correr ou pular muito.

Hoje ela se movimenta pouco. Adora ficar ao sol. Sobe e desde as escadas com esforço. Bebe muita água. Quando os mais jovens a irritam, dá uns tabefes sem dó. Já não consegue se lamber direito. Assim seu pelo perdeu um pouco do brilho e ganhou alguns tufos.

domingo, agosto 07, 2005

Reza brava.


- se deus quiser... -

Vou pedir pro papai do céu.
Todos os dias, antes de dormir. Religiosamente.
Quem sabe ele me atende?
Não é pedir muito.
Acho que sou merecedor.
Vamos lá, "Pai nosso que estais no céu, quando crescer quero uma Scarlett Johansson só pra mim..."

Abobrinhas.

Domingo de noite. Escutei esta conversa no messenger. Os apelidos foram trocados para proteger as identidades. Os emoticons retirados para preservar a língua portuguesa. E quem disse que só há abobrinhas na internet?

Croque Monsieur diz:- O que tem feito para se distrair? Cinema? teatro?
ostras ao vento diz:- Só sexo. Mas tá bom né?
Croque Monsieur diz:- Você que tem que me dizer. Tá bom?
ostras ao vento diz:- Ô! Tá ótimo! E você? Como está o sexo?
Croque Monsieur diz:- Tá fantástico! Minhas mãos estão ficando craques!
ostras ao vento diz:- Hehehehe... Mas você não tem amigas coloridas?
Croque Monsieur diz:- Não. Nunca rolou.
ostras ao vento diz:- Porque?
Croque Monsieur diz:- Sei lá! Nunca fui capaz de desenvolver este tipo de relação. Com minhas amigas... também não quero problemas.
ostras ao vento diz:- Eu nunca tive problemas com os meus...
Croque Monsieur diz:- Você bem que podia me apresentar umas amigas assim.
ostras ao vento diz:- Posso apresentar, mas aí você vai ter de ficar amigo delas primeiro.
Croque Monsieur diz:- É... vai demorar...
ostras ao vento diz:- E com amigos?
Croque Monsieur diz:- Com amigos...? Tentar encontrar amigas coloridas? Ou você tá falando pra virar gay?
ostras ao vento diz:- Pra virar gay!
Croque Monsieur diz:- Nenhum amigo quer me comer. Cu peludo é difícil de dar...
ostras ao vento diz:- O seu é peludo?
Croque Monsieur diz:- É.
ostras ao vento diz:- Que coisa...
Croque Monsieur diz:- Quando a gente de encontrar de novo, deixo você sentir... Mas não vai fazer o fio-terra!
ostras ao vento diz: Kkkkkkk.... Tá ótimo assim, não precisa não! Vamos dizer que seu cu é cu de gato, peludinho, bonitinho e tal né?
Croque Monsieur diz:- Hahahah..... De gato! Ahã... Até parece!
ostras ao vento diz:- Ué? Você com tantos gatos em casa nunca viu um?
Croque Monsieur diz:- Vejo todos os dias... Tem rosinha, tem escurinho, tem malhadinho.
ostras ao vento diz:- Então, tem peludinho!
Croque Monsieur diz:- Todos tem pelos! Como é o do seu gato?
ostras ao vento diz:- Rosinha
Croque Monsieur diz:- E o seu?
ostras ao vento diz:- O meu?
Croque Monsieur diz:- É... É rosinha?
ostras ao vento diz:- Ah... É... Acho que é. Não olho sempre pra ele.
Croque Monsieur diz:- Você nunca olhou no espelho?
ostras ao vento diz:- Acho que já alguma vez na vida mas não lembro quando foi a última vez. Que narcisismo.


- ela não tem nada com isso, mas atende pelo nome melinda messenger -

131


"A ilha" (The Island)
dir: Michael Bay;
com: Ewan McGregor, Scarlett Johansson e Djimon Hounsou.
EUA.

quinta-feira, agosto 04, 2005

Nomes.

- anouk aimée -

Alguns nomes femininos que aprecio: Anouk, Bijou e Constança. Não há muita explicação. Apenas gosto. Isso não se discute. Lamenta-se.
Anouk é estranho parece coisa de esquimó. Porém, uma bela atriz - francesa - o ganhou. Sua beleza me cativou. E o sonoro nome aos poucos também. Anguloso e charmoso.
Bijou. Lembra doce. Doce é bom. Este é francês até a raiz. Até tem uma atriz, de sobrenome Phillips. Mas nunca me chamou muito a atenção. Simples, parece uma brincadeira.
Constança é a flautista da uma banda meia-boca. Uma morena bonita e forte. O nome transmite isso. Parece antigo. Dinossauro. Deve se espanhol, agrada meu pai. Pode ser Constanza, com z, também. Entretanto, assim lembra o George do Seinfeld.
Nunca conheci pessoalmente mulher com algum desses nomes. Se tiver três filhas, estes serão seus nomes.

130

"Conversando com mamãe" (Conversaciones con mamá)
dir: Santiago Carlos Oves;
com: China Zorrilla, Eduardo Blanco e Ulises Dumont;
Argentina.

128 e 129 (comodoro)

"Cães Raivosos" (Cani arrabbiati)
dir: Mario Bava;
com: Riccardo Cucciolla, Lea Lander, Maurice Poli e George Eastman;
1974, Itália.

"Tetsuo - O homem de ferro" (Tetsuo)
dir: Shinya Tsukamoto;
com: Tomorowo Taguchi, Kei Fujiwara e Renji Ishibashi;
1988, Japão.

terça-feira, agosto 02, 2005

127

"Provocação" (The Door in the Floor)
dir: Tod Williams;
com: Jeff Bridges, Kim Basinger, Jon Foster e Elle Fanning;
EUA.

Aparando arestas.

Passava o metal frio muito perto de sua parte mais quente. O afiado perto da carne. Todo cuidado é pouco. Fazia com calma. Os tufos de pentelho caiam conforme a tesoura movia.

Não era um ritual estético. Não se achava mais atraente de saco pelado. E depois, era o primeiro encontro. Tinha poucas esperanças de poder mostrar o corte para a garota. Era algo que não seria mostrado. Apenas ele e seu fiel amigo saberiam da tosa.

Aquilo significava guerra. Como a pintura de um guerreiro. Aparar o cabelo mais íntimo lhe dava confiança. Sentia-se mais leve. Ágil. Espírito fortalecido. Pronto para a batalha.

O local de combate não era externo. A ação que aconteceria no cinema, no restaurante, no bar ou na praça era conseqüência. De um embate muito maior que ocorria dentro dele mesmo. Lutar contra sua timidez. Seu orgulho. Seus medos de rejeição. De exposição. De mudar o resto de sua vida.

Uma peleja sangrenta. Dali surgiria um novo homem. O antigo estaria morto. Por isso cortava com afinco e concentração. Respirando fundo. Pensando antes de passar a lâmina.

Pela porta do banheiro saiu. Cavaleiro do pinto nu. Confiante, apesar das mãos suarem frio.

126

"Na idade da inocência" (L'Argent de poche)
dir: François Truffaut;
com: Nicole Félix, Chantal Mercier, Jean-François Stévenin e Virginie Thévenet;
1976, França.