depois de velho, continuou tarado.

terça-feira, novembro 29, 2005

Saia de saia.

Toda mulher deve usar saia. Ou vestido.
Já foram um símbolo de opressão machista. E as mulheres passaram a usar calças. Pra mostrar que são iguais. Bah! Mulher não é igual ao homem. Felizmente. E hoje as calças delas já são diferentes das nossas.

Calças são retas. Não tem movimento. Claro, são apertadas e revelam o que está no interior. Com a cintura baixa, até podemos ver o interior. O cofrinho. Que – confesso - costumo olhar sem dó nem piedade.

As saias trazem a sensualidade. O oculto. Um movimento descuidado, ou bem pensado, pode ser revelador. Mas apenas para aquele que estiver atento e procurando as brechas. Ela exige um espectador dedicado. Com seu ir e vir. Exposta as ações dos ventos. Quase um tecido solto, pronto para levantar vôo.

As mulheres mais independentes podem dizer que vestidos e saias limitam os movimentos femininos. Andar de moto, pode ser complicado. Pular muros, um risco. Correr, desajeitado. Estas mulheres vêem o copo meio vazio. Olhem de outra forma.

Não é limitador. É libertador. Podem se libertar das baboseiras que a feministas pregam. Pedir aos homens uma ajuda. Segurem a porta do elevador. Uma carona até o trabalho. Nós faremos com prazer. Hoje somos inúteis. Uma mulher de saia – ou vestido – pode nos dar algum valor.

E quando estamos naqueles momentos mais quentes, elas permitem um acesso mais fácil as partes molhadas. O sexo em lugares públicos não exige grandes esforços. Protege o espetáculo do palhaço descabelado, como uma lona de circo.

Não estou aqui gastando letras naquelas saias de um palmo. Que vão até a dobra da bunda. Estas são fúteis. Banais. Servem apenas para desmoralizar as outras. Tem como finalidade mostrar, o que as outras tão bem instigam.

Uma mulher que não usa vestidos – ou saias – é uma mulher que precisa entrar em contato com sua feminilidade. Com sua delicadeza. Com a sua nobreza.

Toda mulher deve usar saia. Ou vestido. E tocar acordeão. Mas isso é outra história.

segunda-feira, novembro 28, 2005

208

"Flores partidas" (Broken Flowers)
dir: Jim Jarmusch;
com: Bill Murray, Sharon Stone, Frances Conroy, Chloë Sevigny, Jessica Lange e Tilda Swinton;
EUA.

domingo, novembro 27, 2005

Adeus, Miyagi.

Faleceu Pat Morita, o Sr. Miyagi. Nasceu em 1932 na California. Seu nome verdadeiro era Noriyuki Morita. Chegou a concorrer ao oscer pelo papel em Karatê Kid.
Um dos atores mais carismáticos que já vi.
O grito ficou preso na garganta.
Espero que na semana que vem ele saia com tudo.

sexta-feira, novembro 25, 2005

De qualquer jeito.

Realmente o jeito que ela faz as coisas parece ser bem diferente. Deve doer.

Será que vale a pena?

Inventário felino XVI: Grizzy.

- grizzy -

Este gato tem uma história interessante. Por isso a demora em postar. É preciso lembrar dos detalhes.

Quando mudamos para a casa, em junho do ano passado, começamos a receber a visita de um gato cinza. Um felino forte. Até aí nenhum problema. Tínhamos muitos, um a mais não faria diferença. Porém, ele brigava com os nossos, levando vantagem sobre os que conheciam apenas a segurança do apartamento. E, pior, marcava território pelos cantos. Para quem não sabe, marcar território = mijar.

Tentávamos expulsá-lo de qualquer forma. Cheguei a esguichar água com a mangueira. Só que ele sempre voltava. Fomos perguntar aos vizinhos se alguém conhecia o dono. Todos já tinham visto o belo cinza, mas ninguém sabia se era propriedade de outros.

Um dia, o folgado deu mole. Entrou no quarto do meu irmão, que jogou um cobertor em cima do gato e, rapidamente, o dominou. Levamos ao veterinário no dia seguinte. “Pode tirar as bolas!”. Gatos castrados são mais mansos e não marcam território.

No final da operação, o doutor avisou: “Das duas uma, ou ele nunca mais volta. Ou faz da casa de vocês o novo lar dele.”. Soltamos o invasor. Nunca vi um gato correr tão rápido.

O bichano sumiu de vista. Um dia veio bater na porta de casa uma senhora. “Vocês viram o Nenê?”. Quem? “Um gato cinza, de olhos verdes, grande.”. Era a dona. Ela morava na rua de trás e não via o gatuno há um tempo. Alguém falou que morávamos com muitos e ela veio perguntar. “Vimos, mas faz tempo que não aparece”. Era verdade. “É que ele não é castrado, costuma sumir assim, mas nunca por um período tão longo”. Não contamos que a masculinidade do gato dela tinha ido pro espaço.

Uns meses depois, não é que o cara-de-pau aparece? Sem mijar nos cantos e sem brigar. O contrário. Faz as necessidades no lugar certo. Brinca com os mais novos. E dorme no colo. Ele adora subir na gente enquanto vemos televisão. Ronca e ronrona. Ficou mansinho.

Nenê não pegou aqui em casa. Grizzy, é uma homenagem de minha mãe aos ursos grizzly, grandes e fortes. O chamamos de cinza também.

quinta-feira, novembro 24, 2005

mostra o seu, que mostro o meu.

19a. Mostra do audivisual paulista começa na semana que vem. E "A Meretriz e o Leão" marcará presença. Será projetado no Centro Cultural Banco do Brasil, na quarta-feira, dia 30, às 20h30.
Acho que não poderei estar presente. O trabalho impede. Porém, convido todos que entram neste blog à comparecer e depois me contar como foi.

Diversão garantida!

207

"Uma vida iluminada" (Everything is illuminated)
dir: Liev Schreiber;
com: Eugene Hutz, Elijah Wood e Boris Leskin;
EUA.

terça-feira, novembro 22, 2005

Dia de festa.

Hoje tem bolo na casa de Scarlett. Completa vinte e um anos de vida. Que beleza! Pra mim não tem mulher mais bonita e sexy no cinema atual.

Ah... como gostaria de experimentar seu bolo...

Parabéns pra ela!

Oh, Maria.

Realmente eu não devia ter parado de postar fotos e Maria por aqui. Ela sempre fica muito bem.
- belos trejeitos... -

pedidos.

Encontrei um amigo ontem, ele reclamou que não via mais a russa de pernas longas por aqui. Realmente deixei de acompanhar o resto de seu ano. Ela se machucou e os resultados foram ruins desde então.

Mas não esqueci ela não.





- bate com força, maria! -

domingo, novembro 20, 2005

Postal.


Este cartão veio de longe.
Uma amiga que passou pela terra do sol nascente me mandou. Fiquei muito contente. Não apenas pela lembrança. Mas também porque deve ser o postal mais bonito que recebi.

Acho que ela não lê o que eu escrevo aqui, mas... Muito obrigado, Carol!

206

"Reis e rainha" (Rois et reine)
dir: Arnaud Desplechin;
com: Mathieu Amalric, Emmanuelle Devos e Catherine Deneuve;
França.

sexta-feira, novembro 18, 2005

205

"Cinema, aspirinas e urubus"
dir: Marcelo Gomes;
com: Peter Ketnath e João Miguel;
Brasil.

domingo, novembro 13, 2005

204

"Cão de briga" (Danny the dog)
dir: Louis Leterrier;
com: Jet Li, Morgan Freeman e Bob Hoskins;
França/Inglaterra.

de galochas.

Quem me conhece sabe que não sou um fã de Lars von Trier. Até pouco tempo, ele nem cheirava, nem fedia pra mim. Depois de Dogville, passou a feder muito. Começaram a idolatrar o cara. Cutucaram a merda.

Ele repete a mesma história. Com uma roupagem diferente cada vez, tudo bem. Mas o argumento básico é: mulher sofre muito sem parar, procurando o benefício de outros, até se foder no final. O AC/DC faz o mesmo som há tempos. Eu gosto. Meu problema com o dinamarquês tem uma outra origem.

Seus artifícios chamam mais atenção do que o filme. Criou o Dogma 95 e fez Os idiotas. Depois rasgou os dogmas com Dançando no escuro. Um musical com a Bjork. Agora desenha os cenários no chão. Comenta-se o entorno, mas não os filmes. Deveria ser o contrário. Antes desses todos ele fez o seu melhor, Ondas do destino. Quase ninguém viu. Marketing é tudo, né?

Eu perdoaria isso tudo (e mais um pouco, não quero me estender muito), se ao menos seus filmes não fossem tão... chatos. Esse é o problema. Monótonos. Tediosos. De galochas. E - pior nesses últimos – cheios de lições morais. Pretensões. Nariz empinado.

Já dizia o Buda. Diversão não faz mal. Nem precisa ser diversão haha. Não estou falando disso. Pode ser triste. Romântico. Com sustos. Levando o espectador a pensar. Criticar. Refletir. Mas ele só consegue me fazer bocejar.

Se Shakespeare vivesse nos dias de hoje e escrevesse “tem algo de podre no reino da Dinamarca”. Eu não pensaria duas vezes, deve ser o Lars... responderia.

Padrinho.

Na sexta foi aniversário de um dos meus mais antigos amigos. Fazia quase um ano que não falava com ele. Liguei, achei que ia surpreender. Mas quem levou a surpresa fui eu.

Em dois minutos de conversa, fiquei sabendo que ele estava de casamento marcado. Pra março. E me convidava pra ser o padrinho. O cara já namora a menina há uns oito anos. Pensei que nunca iria casar, mas juntar os trapos. Depois de tanto tempo será que vale a pena casar na igreja?

Cheguei um pouco tarde pra perguntar. Já comprou casa na Móoca, está escolhendo o box do banheiro, a grade da rua. Conheço o sujeito desde meus quinze anos, mas não esperava as bodas nem o ilustre convite.

Foi no colegial que nos encontramos. Juntamos uma turma. Mas amigos mesmo, de verdade, éramos três. Eu, corinthiano. Ele, porcão. O outro, bambi. Apesar disso, mantivemos conversas de alto nível sobre o esporte bretão.

Desde sempre ele dizia que seria médico. Eu sempre tive dúvidas por qual caminho seguir. Se matou de estudar pra conseguir entrar. Agora se mata de estudar para sair. De minha parte, os estudos sempre foram bem leves. Está no final da residência. Animado pra entrar no mercado. Estou no mercado há cinco anos e de saco-cheio.

Não acredito na igreja. Acho casamento um negócio ultrapassado. Mas aceitei o convite na hora. Tem coisas que fazemos por amigos. Foi na formatura de um deles que usei terno e gravata pela primeira vez. No casamento, usarei fraque, que nunca vesti antes.

Confesso que estou emocionado com o pedido. Vou trajar a roupa ridícula com muito orgulho. Só por grandes colegas eu faço esse papel ridículo, numa cerimônia que não acredito. E farei com muito carinho, sem pensar muito mesmo. Por um amigo, vale a pena.

203

"Marcas da violência" (A history of violence)
dir: David Cronenberg;
com: Viggo Mortensen, Maria Bello e Ed Harris;
EUA.

sexta-feira, novembro 11, 2005

202

"O mercador de Veneza" (The merchant of Venice)
dir: Michael Radford;
com: Al Pacino, Jeremy Irons e Lynn Collins;
EUA.

quarta-feira, novembro 09, 2005

201

"Crash - no limite" (Crash)
dir: Paul Haggis;
com:Don Cheadle, Matt Dillon, Jennifer Esposito e Thandie Newton;
EUA.

segunda-feira, novembro 07, 2005

Estou sem fôlego.
Meu coração não agüenta.
Sete é assustador!

200

"Cidade baixa"
dir: Sérgio Machado;
com: Lázaro Ramos, Wagner Moura e Alice Braga;
Brasil.

domingo, novembro 06, 2005

Dunst does Elizabethtown.

Cuidado! É impossível assistir à “Elizabethtown” e não se apaixonar pela Kirsten Dunst. Sair suspirando da sessão. Se não fosse sua presença o filme seria abaixo da média.

Dunst é uma daquelas atrizes que ninguém presta muita atenção. Parece ser mais uma bonitinha e ordinária. Mas não se engane! Ela sabe trabalhar muito bem com seus pares e com o público. Sempre parece ter uma química rolando na tela. Sem isso as histórias de amor seriam um desastre.

Aqui ela pega um personagem com – relativamente - pouco tempo de tela. Há a história da morte do pai rolando junto com o romance. Seu papel, se mal representado, poderia parecer chato a beça. Kirsten, contudo, o faz com simpatia e açúcar. Suas aparições são champignons no estrogonofe. Quando encontra um, hummm... Fica aquele gostinho de quero mais.

Ao mesmo tempo que salva o filme, também o deixa mal equilibrado. O enterro do pai e o encontro do rapaz perdido na vida com um lado desconhecido da família, perdem todo o interesse. Queremos saber mais da mocinha e não do mocinho.

Garotas, não levem seus pares para ver “Elizabethtown”. Corre o risco deles começarem a olhar torto pra vocês na saída. E, antes que eu me esqueça - onde quer que você esteja -, Kirsten, eu te amo!

199

"Tudo acontece em Elizabethtown" (Elizabethtown)
dir: Cameron Crowe
com: Orlando Bloom, Kirsten Dunst, Susan Sarandon e Jessica Biel.
EUA.

Feirão.

Teve um feirão de DVDs na 2001.
Claro que fui lá dar uma olhada. E sai com quinze debaixo do braço.

Dívida de sangue e Sobre meninos e lobos, ambos do Eastwood. Clint sempre vale a pena.
Anti-herói americano, com Paul Giamatti - grande ator -, um dos melhores filmes que vi nos últimos anos.
Abaixo o amor, muito divertido, com uma excelente direção de arte e gags visuais.
Última noite, bom, do Spike Lee.
Hellboy, engraçado e bem levado, Ron Perlman é demais!
Extermínio, os morto-vivos em Londres.
Sideways e As confissões de Schmidt, Alexander Payne, grande diretor que as pessoas precisam conhecer mais.
Supremacia Bourne, vale a pena pela seqüência de carros no final, muito boa!
Os implacáveis, McQueen e MacGraw juntos com Peckinpah, impossíel não gostar...
Colateral, razoável, com boas cenas e te envolve,o final é que fica aquém...
Spartan, Mamet tem os melhores diálogos do cinema atual.
Mar aberto, bom thriller e bem simples.
Massacre da serra elétrica, o novo, a refilmagem. Tem a Jessica Biel correndo de um lado para outro e muito sangue.

Agora, só espero que o cheque seja descontado depois que meu salário cair.

sábado, novembro 05, 2005

198

"A noiva cadáver" (Corpse bride)
dir: Tim Burton e Mike Johnson;
vozes de: Johnny Depp, Helena Bonham Carter e Emily Watson;
Inglaterra.








- ingresso com o nome do filme errado. será que ninguém se deu o trabalho de olhar o cartaz? -

sexta-feira, novembro 04, 2005

Tipo exportação.


- Gong, Faye, Zhang -

Estas são as chinesas do 2046. Interessantes, não?
Gong Li foi a primeira musa do cinema oriental, eleita pelo ocidente.
Faye é cantora, mas de vez em quando aparece em filmes, sorte nossa. É um hit na França.
Zhang é a nova musa. Faz filmes em Hollywood.

Eu vi - II.

O que vi na mostra e ainda não comentei.

* Minha mulher, meus amigos e eu - Pretensamente de humor negro. Sem graça.

* Caminhão cinza pintado de vermelho - Filme iugoslávo. Divertido. Se fosse o Kusturica seria melhor.

* Pavão - História de três irmãos na China. Interessante. Tem uma cena muito boa com um ganso. Talvez um pouco longo demais.

* 2046 - Wong Kar Wai. Gostei. Bonito. Belas chinesas, bela direção de arte.

Este ano acho que não foi meu melhor em escolhas. Mas percebi que os chineses me agradaram mais. Preciso lembrar disso no ano que vem.

quarta-feira, novembro 02, 2005

197 (mostra)

"2046" (idem)
dir: Wong Kar Wai;
com: Tony Chiu-Wai Leung, Gong Li,Takuya Kimura, Faye Wong e Zhang Ziyi;
China.

196

"Os reis de Dogtown" (Lords of Dogtown)
dir: Catherine Hardwicke;
com: John Robinson, Emile Hirsch, Victor Rasuk, Heath Ledger e Rebecca De Mornay;
EUA.

195 (mostra)

"Pavão" (Kong que)
dir: Gu Changwei;
com: Zhang Jingchu, Feng Li, Lu Yulai e Huang Meiying;
China