depois de velho, continuou tarado.

quinta-feira, junho 29, 2006

Inventário felino 17 : Maga Malagueta.


Esta gata adora dormir em cima da pedra quente da tartaruga. Não é raro ver as duas ali, apreciando o calor elétrico que a modernidade proporciona. Outras vezes vemos a Maga dar uma de posseiro e tomar o que é de direito do réptil.

É Maga porque chegou aqui magrinha. Maga, Maguinha para os íntimos – que são poucos. E daí vem o sobre nome. Ela não gosta de contato com humanos. Como o diabo da cruz, foge em disparada. Não conseguimos nem um carinho. Assim, por ser espoleta, virou Malagueta.

Meu irmão estava no ônibus quando viu umas senhoras brincando com uma gata. Pensou, é o que minha mãe quer. Desceu do coletivo. Perguntou se o felino tinha dono. Não. Bom, agora tem. Graças ao bilhete único, subiu em outro busão, não pagou nada por isso, e continuou o passeio pela cidade, com a gata dentro de uma sacola. Foi para o shopping, como se isso fosse normal. Talvez a aversão por gente tenha surgido aí.

Mas comecei a história do meio. Por que minha mãe queria mais um gato se já tinha mais de dúzia em casa? Não comecei pelo começo, pois o início é triste. A Nina, nossa gata mais velha faleceu. Depois disso ficamos sem nenhum preto-e-branco. E minha mãe fez a besteira de dizer que queria um assim perto de meu irmão.

Porém, como se pode perceber pela foto, a Maga é quase toda preta. O quase fica por conta de um punhado de pêlos brancos no peito. Ainda não acredito que estes poucos alvos possam ser vistos de longe, de dentro de um ônibus em movimento. Se meu irmão mentiu, nunca saberemos...

terça-feira, junho 27, 2006

Gana.

Um gol no começo e a má pontaria dos Ganeses. Ganhamos por isso. Ronaldo marcou, deixou Gana perdida e o Brasil sossegado. Os atacantes africanos chutaram muito, e muito longe passaram das traves. Estamos nas quartas. Contra França seremos realmente testados.

Não tenho esperança de ver o tal joga bonito. Nem ao menos um bonitinho. Com Parreira sentado no banco seremos Zé-bonitinho. Cheio de possibilidades e feio que dói. Nunca vi um time dirigido por ele ser diferente. Mesmo com as estrelas, não fomos tudo isso nas eliminatórias. Agora é tarde. É isso aí mesmo.

O que me assustou neste jogo foi a falta de posse de bola com os brasileiros. Normalmente temos mais de 50% com a pelota nos pés. Hoje ficamos abaixo. Tenho certeza que Parreira vai dar uma bronca geral por isso. Não vai falar de futebol-arte. Enfim, se Portugal é a cara de Felipão, o Brasil tem o nariz – e as bochechas – de Carlos Alberto Parreira.

Outra coisa que me assustou foi ver o futebol de Ricardinho. Se ele voltar jogando assim serei campeão brasileiro novamente. Deixou quatro companheiros na cara do gol. Pena que só um foi pras redes.

Na próxima fase enfrentamos a França. Pode ser a despedida de Zidane, agora torço pra isso. Finalmente pegaremos uma seleção com peso. Acredito que passamos e não daremos show algum.

Nem tudo é copa - 03.



Quem não gosta da abelhinha?
Por onde andará esta menina?

segunda-feira, junho 26, 2006

Arquibancada.

Mulher também gosta de futebol.

sexta-feira, junho 23, 2006

Japão.

Podem tirar o cavalinho da chuva. Nem tenham esperança. Duvido muito que o Parreira irá escalar nas oitavas a mesma equipe que começou contra a seleção nipônica. Este era um jogo que não valia nada.

O japoneses precisavam ganhar. Ganhar é pouco, golear. Nós podíamos até perder. Não havia pressão. Quase um amistoso. Além disso, pesa mais na consciência do treinador, o fato de termos tomado um gol primeiro. Os quatro que estufaram as redes orientais depois contam menos.

Foi como empurrar bêbado de ladeira. Zico faria mais pelo país do sol nascente jogando do que gritando na beira do campo. Esses japoneses não são criativos. O galinho, mesmo com velho e fora de forma, seria um um cérebro pra controlar a correria deles.

Talvez – um talvez bem grande -, o Robinho comece a partida. E só ele. Mesmo assim acredito que o imperador ainda faça o primeiro tempo. Assim, corre, por que o cavalinho vai ficar resfriado.

[tira de Galhardo, na folha de ontem]

quarta-feira, junho 21, 2006

Nem tudo é copa - 02.

Angeli.
Na folha de hoje.

Nem tudo é copa - 01.



Um dia antes do jogo.
Hora de relaxar.

segunda-feira, junho 19, 2006

Austrália.

Que tal uma volta ao passado?
Parreira estava no comando do Timão. Muita gente achava que ele não ia dar certo. Muita gente errou. Conquistou títulos. Isso o levou de volta ao comando da seleção. Antes de assumir o alvi-negro, estava esquecido.

Como jogava este time? Muito toque de bola. Tocar e esperar o adversário falhar. Assim, com paciência, irritava quem assistia aos jogos e tornava a torcida mais popular de São Paulo a mais sofrida. O time era limitado e foi mais longe do que se esperava.

Antes do Timão, Parreira entrou pra história como o técnico do tetra. E como jogava este time? O importante era a posse de bola. O jogo era no meio-campo. Toques de lado. Lá na frente o baixinho infernal salvou a pátria.

Hoje temos os melhores jogadores do mundo. Isso não se discute. Só que quem está no comando é o Parreira. Eu não tenho nada contra. Já esperava um futebol de resultados. Em 2003, o tiraram do meu time e agora esperam que ele não seja ele. E se tem uma coisa em que o Parreira é craque, é a prudência.

O time melhorou um pouco. Mas não vamos nos empolgar.
Passamos de fase, isso que importa.

Uma pena ver a França jogar. Não pelo time. Mas por Zinedine Zidane. Esta copa é a sua despedida do futebol. Levou dois amarelos e não jogará o terceiro jogo. Se a França for eliminada, nunca mais o veremos em campo. Zizou merecia um final melhor.

sexta-feira, junho 16, 2006

Noturnas.

Passeio noturno.
outras.
Teve gol de gavião na copa!

terça-feira, junho 13, 2006

Croácia.

Ganhamos, isso é o que importa - diz a comissão técnica.
Não adianta ganhar, queremos show - comenta o Flávio ao meu lado.
Nem tanto ao céu, nem tanto à terra.

O Brasil jogou lento. Devagar. Fenômeno ficou parado e não calou o comentário do presidente. O Gaúcho foi bem nos primeiros quarenta e cinco. O evangélico que foi bem e mostrou ser a ponta mais importante do quadrado. Desta vez foi Deus que nos tirou do aperto. O time jogou como o técnico gosta e treina. Posse de bola, toques de lado. Muita prudência. E no final, foi a torcida da Croácia que comemorou.

Vencer na estréia é sempre bom. Se fosse como na propaganda da nike seria fantástico. Não se pode ter tudo, mesmo com os melhores do mundo.

segunda-feira, junho 05, 2006

Oitenta e dois.

A primeira copa do mundo de que me lembro é a de 82. Acredito que foi quando comecei a me interessar por futebol. Zico, Sócrates, Éder, Falcão, era uma puta seleção. Infelizmente caíram diante de um italiano – que me recuso a escrever seu nome -, nem sempre os melhores ganham. Foi o que ficou dessa copa.

Eu e meus irmãos gostávamos de picotar papel durante as partidas. Quando o Brasil marcava um gol, jogávamos tudo pela janela. Era um festival de papel picado no prédio. Bonito de se ver. O jardineiro deve ter trabalho para recolher tudo, pensamos com um leve peso na consciência. Ah, mas ele vai ficar feliz porquê o Brasil ganhou, criança não carrega arrependimentos.

Não sei qual foi o sentimento o jardineiro recolhendo papéis depois do desastre. Eu sei que chorei. Fiquei triste. Aquela seleção passava alegria. Dava gosto de ver jogar. Acho que foi a última copa romântica. Antes do capital entrar pesado. Poucos jogadores estavam no exterior, não eram astros, eram pessoas comuns. Bebiam cerveja, falavam palavrão. No máximo anunciam cuecas. Talvez por isso, fomos derrotados.

É difícil saber o que poderia ter acontecido se fossemos campeões. Talvez o Parreira fosse visto com outros olhos. Um técnico de futebol feio. Zico seria comparado à Maradona. Dificilmente Felipão teria chegado onde chegou. Também acredito que o futebol brasileiro não evoluiria no lado técnico e tático, como ocorreu desde então. Telê Santana – com certeza – seria muito mais venerado. Pode ser que não chegássemos ao penta. Enfim, o se não faz história.

Em 1982, descobri uma nova paixão. Amor imperfeito, já que não levamos o caneco. E por isso, muito mais apaixonante. Mulher perfeita colocamos num pedestal e admiramos. Imperfeita, conquista pelos defeitos e amamos com força. Me enamorei por uma seleção que – pra mim – é inesquecível.

sábado, junho 03, 2006

fechou outro.

A Simone me disse ontem e não acreditei.
Hoje peguei o jornal de ontem e confirmei.

O Vitrine fechou. Funcionava há trinta anos numa galeria na Augusta. Era administrado pelo mesmo grupo que cuida do espaço unibanco. O problema não foi a falta de público, o contrato não foi renovado por que os proproietários não quiseram. Boatos informam que irão abrir um igreja evangélica no local.

Lembro do primeiro filme que vi ali. "A viagem do capitão Tornado", de Ettore Scola. Conheci a italiana Ornella Muti e a francesa Emmanuelle Béart. O público entrava por baixo da tela, quando olhei pra trás, vi aquele espaço branco enorme. Gostei do cinema, sempre que pude, voltei. Ultimamente seu preço havia subiu muito. Mesmo assim não parei de freqüentar.

É uma grande pena. Mais um cinema, que não fica em Shopping fecha suas portas. Cada vez mais os cinéfilos de São Paulo ficam com menos opções.