depois de velho, continuou tarado.

terça-feira, agosto 29, 2006

segunda-feira, agosto 28, 2006

Voto.

Sempre se discute o porquê de, num país democrático, o voto ser obrigatório. Hoje penso que deva ser desse modo mesmo. Acredito que num país democrático, todos devem ser escutados, mesmo que não queiram.

Isso pode parecer uma contradição. Mas é uma maneira da democracia se proteger. O que seria se apenas uma pequena parcela da população votasse? Só estes teriam representantes. Só seus interesses seriam defendidos. A desigualdade tenderia à aumentar. O perigo maior é o desinteresse completo em votar. Daí para uma ditadura é um pulo. Obrigar todos a exercer seu direito, mantém – em parte – à ordem.

A obrigatoriedade ao voto é um mal necessário. É uma política de auto-proteção. A obrigação garante a democracia.

segunda-feira, agosto 21, 2006

Daniella.

Hoje passei na avenida Doutor Arnaldo, esquina com a Cardoso de Almeida. Há ali um grande outdoor de uma marca de calcinhas. Em destaque, o corpo escultural da Daneilla Cicarelli. Pensei comigo mesmo, onde foi parar esta mocinha?

Sei que ela apresenta um programa da MTV. Um muito chato – como quase toda a programação da emissora atualmente. Mas minha questão vai além disso.

Pra mim, Daniella – apesar do corpo – perdeu a graça. Acho que ela não tem mais o que mostrar. Estagnou como apresentadora. E como modelo já não causa o mesmo impacto. Sua beleza cansou depois de tanta exposição errada. Para uma modelo não há nada pior.

Vive mais de colunas sociais e de fofoqueiros do que de trabalho mesmo. Seus méritos todos foram jogados para o alto. Não perguntam mais o quê ela anda fazendo e sim com quem ela está saindo.

Ela parecia uma mulher promissora. Seu corpo ainda causa tesão, sem dúvida. Porém, agora o limbo parece ser o seu destino final. Acabou virando mais uma daquelas celebridades miojo. Em três minutos está pronto.

domingo, agosto 20, 2006

mais alguns que vi.

- O corte. Francês. Humor-negro. Divertido e muito bem filmado por Costa-Gravas.

- Missão impossível 3. Filme-pipoca da melhor qualidade. Diverte e depois se esquece.

- Crime Ferpeito. Espanhol muito engraçado. Se fizerem uma refilmagem americana será um desastre. Melhor comédia que vi este ano.

- A concepção. Falta feijão nesse brasileiro. Não se entende a proposta. A história parece que não anda por um bom tempo.

- Amor em 5 tempos. Francês de trás pra frente. Bons atores e direção. Não tem nada de novo, mas vale o ingresso.

- Samurai do entardecer. Belo japonês. Sensível. Pode se dizer que é um “imperdoáveis” de samurais. Gostei bastante.

- Carros. O mais fraco da pixar, porém diverte. Em animação por computador não tem pra ninguém. Cores, reflexos e tudo mais muito bem realizado.

- Os sem-floresta. Mais divertido que carros. Os personagens tem mais carisma. O roteiro não é perfeito, porém muito engraçado.

- Separados pelo casamento. Aparentemente mais uma comédia romântica. Mais uma segunda olhada se mostra um pouco mais que isso. Só um pouco, mas melhor do que eu esperava.

- Consumido pelo ódio. Japonês violento. Com Takeshi Kitano. Bom, mas não deixa saudade.

- Estamira. Gravaram uma louca por vários anos. Percebe-se que ela não é tão louca assim. Bom, contudo se fosse mais enxuto seria mais poderoso.

- Piratas do Caribe – O baú da morte. Confuso no começo, compensa pelas cenas de ação. Elenco está um pouco abaixo do que vimos no anterior. Bons efeitos especiais.

- Café da manhã em Plutão. Fiquei meio perdido. Não entendi a proposta.

- A verdade nua. Alison Lohman não tem calibre para segurar este filme. Kevin Bacon muito bem. Bela fotografia e corpos nus. Desfecho fraco.

terça-feira, agosto 15, 2006

Inventário felino XX: Zizou.

Atchim! É a Zizou que está ao seu lado. Chegou aqui com um resfriado, que abriu as portas para algumas bactérias. Ficou espirrando por um bom tempo. Apesar de nossos esforços em leva-la ao veterinário diversas vezes. Ela é pequena, mas tomou muitos remédios.

Veio pra cá graças a fama que esta casa adquiriu na vizinhança. Uma vizinha encontrou a gata perdida na rua. Não pensou em levar para residência própria. Levarei para aquela com muitos gatos, foi a idéia original da senhora. Tocou a campainha. E minha mãe se enamorou pela pequena gata de nariz helênico. Para completar o charme, tem um bigode de café-com-leite.

Isso foi um pouco antes da copa do mundo. Em homenagem ao jogador Zinedine, que anunciava sua aposentadoria ao final da competição, demos o nome de Zizou para a gatinha. Mal sabíamos como terminaria o mundial de futebol...

Hoje se recuperou. Não espirra mais. E corre espoleta para todo o canto. Logo que chegou, escolheu o canto preferido da casa. Em cima do Gato Juba.

auto-retrato de terça.

Entrei num negócio. Negócio sem dinheiro, diga-se. Gente que tira auto-retratos. Não em qualquer dia. Mas na terça especificamente. Nem toda semana eu terei esta vontade. Hoje tive. Aí está.

self-portrait tuesday.

domingo, agosto 13, 2006

Mestre.

Alfred Hitchcock, faz anos hoje. Faria, se estivesse vivo. Não tenho dúvidas em afirmar que conhecer a obra dele foi fundamental para a minha escolha profissional. Comecei a me interessar pelo cinema com seus filmes. Janela Indiscreta, Um corpo que cai, O homem que sabia demais. Todos com James Stewart. Depois vieram outros. 39 degraus, A dama oculta, Frenesi. Todos muito bons. São filmes que aprecio demais.

Nem sempre suas imagens eram belas, contudo sempre eram eficientes. Sabia que conduzir o espectador. E nunca o enganava. Criava suspense, que ele explicava da seguinte forma: Dois sujeitos estão conversando num trem, há uma bomba logo abaixo deles. O público sabe da bomba. Eles não. Isso é suspense. Explodir a bomba é simplesmente um susto. Hoje em dia, aparentemente poucos sabem o que isso significa.

Alfred gostava de planos simples. Não tinha firula. E odiava filmar muitas opções. O filme é meu, não do montador, dizia. Sabia o que fazia. Para se contar uma história não são necessários tantos. Excesso e redundância não encontram lugar em sua cinematografia.

Casou com a mulher com quem perdeu a virgindade. E adorava escalar loiras geladas para os papéis principais. Diz a lenda que se apaixonava pelas protagonistas. Brigou com Grace Kelly quando esta decidiu virar princesa. Assim criava cenas de um forte erotismo, sem mostrar muito. Apenas olhares. E bons diálogos.

Muitos de seus filmes são baseados em livros. Livros de pouco sucesso. Não raro mudava completamente a história. Pegava apenas uma idéia ou outra. O resto tornava mais cinematográfico. Transformava ao seu estilo. Autores odiavam o resultado final.

Alfred Hitchcock não ganhou um oscar. Levou pelo conjunto da obra. Uma homenagem apenas, no final de sua vida. Podemos dizer que ele criou o cinema moderno. E este nunca retribuiu. Tinha muita fama com os franceses, que lhe deram muitas homenagens e o devido reconhcecimento.

Nasceu em Londres. Morreu na Califórnia, 29 de abril de 1980. Abaixo, deixo algumas de suas frases. Pra mim é o quem mais se aproxima da bíblia.

- “The length of a film should be directly related to the endurance of the human bladder.”
- "Always make the audience suffer as much as possible"
- "When an actor comes to me and wants to discuss his character, I say, 'It's in the script.' If he says, 'But what's my motivation?, ' I say, 'Your salary.'"
- "Film your murders like love scenes, and film your love scenes like murders."
- "I am a typed director. If I made "Cinderella," the audience would immediately be looking for a body in the coach."
- "If it's a good movie, the sound could go off and the audience would still have a perfectly clear idea of what was going on."

quarta-feira, agosto 09, 2006

Fantasmas.



Diversões com uma máquina fotográfica.

segunda-feira, agosto 07, 2006

San Diego.

Lá nos EUA, Maria tem sorte. Ganhou o torneio de San Diego. Na final bateu Clijsters na final. Duplo 7-5. É o segundo título da russa no ano. Décimo segundo no total.

Um viva para Maria!

domingo, agosto 06, 2006

do Kung-fu à Malandragem.

Madrugada. Estava pulando de canal em canal. Vi Samuel L. Jackson, falava sobre filmes de kung-fu. Parei de pular. Era um belo documentário. Mostrava toda a história dos filmes de pancadaria. Desde os tempos mudos até os afrescalhados atuais.

Se um dia você passar pelo canal CineMax e tiver a sorte de repetir, pare e assista. No começo o cinema era visto como uma arte menor. No teatro oriental, só homens entravam no palco. Papéis femininos eram interpretados por machos. Na tela grande foi o contrário. Só mulheres se sujeitavam. E vendo aquelas mulheres - pulando e dando porrada - como homens, em preto-e-branco, mudas, fiquei pensando no cinema brasileiro.

Lá na China, desde cedo o cinema era feito para as massas. Encher as salas. Era coisa popular. Ricos iam ao teatro. Cinema era para ralé. Aqui, não foi tão diferente. Quem queria ver um filme, ia ao circo. Ao lado da mulher-barbada, uma projeção dentro de uma tenda escura e quente. Então por que vemos a cultura chinesa impressa em prata e a nossa não?

Acho que faltou um cara esperto. Alguém que quisesse produzir filmes brasileiros para brasileiros. Um Policarpo da sétima-arte. Eu sei que teve um cara que foi pra Amazônia filmar flora, fauna e índios. Que foi um aventureiro, um cara único, que conseguia revelar filmes numa precariedade suada. Houve também quem filmasse São Paulo e seu dia. Que já era corrido e cinza. Outro ali. Mais um acolá. Contudo, faltou um visionário. Aquele que quisesse ganhar muito dinheiro. Lucrar com o imaginário do Brasil.

Isso só foi acontecer realmente com o Mazzaroppi. Já eram os anos 50. Perdemos tempo. E mesmo assim não houve uma indústria, por assim dizer. Foi uma época de ouro. Que acabou e demoramos para chegar na era de prata – se é que chegamos. Um ou outro filme levou muito público. Dona flor, por exemplo. Nunca houve uma seqüência. É bissexto.

Acredito que até hoje sentimos falta daquele esperto. Que não apareceu lá no começo. Para criar o hábito. De fazer e de se ver filmes brasileiros. Sofremos por que malandro não tem visão de futuro.

quinta-feira, agosto 03, 2006

Millá.

terça-feira, agosto 01, 2006

Dobraduras.



Temos muito o que aprender com o oriente.