Apartir de terça, dia 04, até o dia 23 deste mês, o CineSESC mostrará os melhores filmes que estiveram em cartaz em 2005. Melhores? Bem, nem todos. Acontece que a lista final é resultado da eleição direta. Quem freqüenta o espaço viu semanas atrás uma urna em que podiam depositar seus votos.
Sinto a falta de alguns filmes e me decepciono com a presença de uns bem fraquinhos. Mas não vou lamentar. Quem ainda não viu, pode conferir boas histórias em Closer, Apenas um beijo, Marcas da violência, Mar adentro e Jardineiro fiel. Não vi, mas me indicaram o Tempero da vida. Tentarei ver.
Esta é uma mostra que acontece todos os anos. Em 2007, farei questão de votar.
depois de velho, continuou tarado.
sexta-feira, março 31, 2006
segunda-feira, março 27, 2006
A máquina que nada faz.
Logo no início do filme, o personagem principal diz que Deus criou primeiro as palavras, e depois as coisas que cada uma significa. Podemos dizer que, em “A máquina”, o roteirista criou primeiro as situações e depois esqueceu de lhe trazer um conteúdo.
Tudo parece ocorrer pura e simplesmente por gosto do criador. Os personagens são marionetes que balançam de um lado para outro sem saber muito bem porquê. Assim, o espectador se sente um boneco também. Acompanha a história se perceber por onde caminha.
Ao ler os créditos talvez consigamos entender o que se passou. São muitos os sobrenomes Falcão. Da mesma família: autora do livro, autores da peça e agora do filme. Acontece que livros e peças tem seu apoio nas palavras. Filmes nas imagens. Deve ser por isso que fala-se muito e se faz pouco durante os noventa minutos de projeção.
Lembram do Zinho? Aquele que jogou no Flamengo? Que quando jogava com a canarinho, diziam que parecia enceradeira, pois girava, girava e não saia do lugar? Então, “A máquina” é o Zinho nos cinemas.
Tudo parece ocorrer pura e simplesmente por gosto do criador. Os personagens são marionetes que balançam de um lado para outro sem saber muito bem porquê. Assim, o espectador se sente um boneco também. Acompanha a história se perceber por onde caminha.
Ao ler os créditos talvez consigamos entender o que se passou. São muitos os sobrenomes Falcão. Da mesma família: autora do livro, autores da peça e agora do filme. Acontece que livros e peças tem seu apoio nas palavras. Filmes nas imagens. Deve ser por isso que fala-se muito e se faz pouco durante os noventa minutos de projeção.
Lembram do Zinho? Aquele que jogou no Flamengo? Que quando jogava com a canarinho, diziam que parecia enceradeira, pois girava, girava e não saia do lugar? Então, “A máquina” é o Zinho nos cinemas.
segunda-feira, março 20, 2006
Wells.
Na final dos sonhos, Sharapova derrotou Dementieva em Indian Wells.
Uma hora e vinte dois minutos de beldades jogando tênis. 6-1, 6-2.
A coisa está ficando russa!
Uma hora e vinte dois minutos de beldades jogando tênis. 6-1, 6-2.
A coisa está ficando russa!
domingo, março 19, 2006
O casamento.
A noiva entra. "Assim falava Zarathustra". 2001, uma odisséia no espaço.
Os noivos chegam na festa. "Cavalgada das Valkirias". Apocalypse now.
Os noivos chegam na festa. "Cavalgada das Valkirias". Apocalypse now.
sábado, março 18, 2006
felicidades.
Fraque. Sacristia. Noivo. Noiva. Igreja. Padrinho de casamento. Estas palavras não fazem parte do meu vocabulário. Mas desde ontem começam a aparecer em minhas conversas. Amanhã, Vestirei um fraque. Esperarei a hora de entrar na sacristia. Farei piadas com o noivo. Trocarei sorrisos – respeitosamente - com a noiva. Serei padrinho de casamento pela primeira vez.
Ainda não entendo porque as pessoas casam. Falo da coisa toda na igreja, padre, vestido branco e buquê. Sei que pra muitos é um sonho. Um daqueles que é possível. Então, por que as pessoas sentem este desejo? Sei lá. Eu, até agora, não tive.
É fácil maldizer o casamento. Falar mal da igreja. Insultar a instituição. Quanto dinheiro gasto em um dia apenas... Entretanto, hoje prefiro olhar outro lado. Perceber a união de duas pessoas. O casamento tem seu lado político, contudo, tem também uma face onírica.
Ninguém casa achando que vai se separar. Ninguém rouba um banco pensando que será preso. Pelo menos não deviam. Trocam alianças na esperança de ser a única vez. Ou a última no caso de não ser o primeiro. Olham pra frente e se vêem com aquela pessoa ao lado. Os sonhos mudam de fulano pra beltrano. Uns querem filhos. Outros uma casa no campo. Ou viagens inesquecíveis. A única constante nesta equação é aquele indivíduo que disse “sim” no momento certo.
Sabemos que não existe felizes para sempre. Uma traição, um xixi fora do vaso, a pasta de dente mal-apertada, tudo isso parece não existir por alguns instantes. No amor? Na tristeza? Na saúde? Na doença? Na riqueza? Na dureza? Hoje, sim. Amanhã? ...veremos. Somos levados por toda aquela encenação. Aquele teatro sem vilão, só mocinho e mocinha. Quem não será feliz assim?
Por um dia, seremos felizes pra sempre.
E quem quer felicidade todo o tempo?
Amanhã vestirei meu fraque – que na verdade é meio-fraque -, esperarei na sacristia. Cumprimentarei o noivo e a noiva. Serei padrinho de casamento pela primeira vez. Interpretarei meu papel, neste dia de felicidade eterna, com enorme estima.
Ainda não entendo porque as pessoas casam. Falo da coisa toda na igreja, padre, vestido branco e buquê. Sei que pra muitos é um sonho. Um daqueles que é possível. Então, por que as pessoas sentem este desejo? Sei lá. Eu, até agora, não tive.
É fácil maldizer o casamento. Falar mal da igreja. Insultar a instituição. Quanto dinheiro gasto em um dia apenas... Entretanto, hoje prefiro olhar outro lado. Perceber a união de duas pessoas. O casamento tem seu lado político, contudo, tem também uma face onírica.
Ninguém casa achando que vai se separar. Ninguém rouba um banco pensando que será preso. Pelo menos não deviam. Trocam alianças na esperança de ser a única vez. Ou a última no caso de não ser o primeiro. Olham pra frente e se vêem com aquela pessoa ao lado. Os sonhos mudam de fulano pra beltrano. Uns querem filhos. Outros uma casa no campo. Ou viagens inesquecíveis. A única constante nesta equação é aquele indivíduo que disse “sim” no momento certo.
Sabemos que não existe felizes para sempre. Uma traição, um xixi fora do vaso, a pasta de dente mal-apertada, tudo isso parece não existir por alguns instantes. No amor? Na tristeza? Na saúde? Na doença? Na riqueza? Na dureza? Hoje, sim. Amanhã? ...veremos. Somos levados por toda aquela encenação. Aquele teatro sem vilão, só mocinho e mocinha. Quem não será feliz assim?
Por um dia, seremos felizes pra sempre.
E quem quer felicidade todo o tempo?
Amanhã vestirei meu fraque – que na verdade é meio-fraque -, esperarei na sacristia. Cumprimentarei o noivo e a noiva. Serei padrinho de casamento pela primeira vez. Interpretarei meu papel, neste dia de felicidade eterna, com enorme estima.
terça-feira, março 14, 2006
XXXI
"O matador" (The matador)
dir: Richard Shepard;
com: Pierce Brosnan, Greg Kinnear e Hope Davis;
EUA.
- o ex-007 manda bem... -
dir: Richard Shepard;
com: Pierce Brosnan, Greg Kinnear e Hope Davis;
EUA.
- o ex-007 manda bem... -
sábado, março 11, 2006
Mais alguns que vi.
- Johnny e June. As pessoas tem que conhecer Johnny Cash antes de morrer. Este filme pode ser o início. História de amor real, contada com honestidade por um excelente elenco.
- Syriana. Filme político sobre a indústria petrolífera. Traffic é melhor, tem o mesmo roteirista. Pra quem curte o assunto é um prato cheio.
- Wolf Creek. Australiano de terror. Dito baseado em fatos reais. Um bom suspense, história bem levada, sem pressa. As mulheres poderiam ser mais bonitas.
- Orgulho e preconceito. Vale para ver a Keira Kightley, Kelly Reilly e Rosamund Pike. Atrizes de muita beleza. Chick flick.
- Capote. Show de Phillip Seymour Hoffman. Um excelente ator que até aqui só havia feito papéis secundários. Quem não lembra dele no Twister? Ou em Felicidade? Boggie Nights?
- Sra. Henderson apresenta. Bob Hoskins é muito bom. Judy Dench igualmente. Eles seguram as pontas. Ainda tem os peitinhos da já citada Kelly.
- Ritmo de um sonho. A abertura do filme é muito boa. Um discurso e logo depois Buddy Guy tocando. A arte salva o gueto, este é o roteiro.
- Terra fria. Da mesma diretora do superestimado Encantadora de baleias. Tem um pouco mais de duas horas, poderia ficar menor sem prejudicar a história.
- Syriana. Filme político sobre a indústria petrolífera. Traffic é melhor, tem o mesmo roteirista. Pra quem curte o assunto é um prato cheio.
- Wolf Creek. Australiano de terror. Dito baseado em fatos reais. Um bom suspense, história bem levada, sem pressa. As mulheres poderiam ser mais bonitas.
- Orgulho e preconceito. Vale para ver a Keira Kightley, Kelly Reilly e Rosamund Pike. Atrizes de muita beleza. Chick flick.
- Capote. Show de Phillip Seymour Hoffman. Um excelente ator que até aqui só havia feito papéis secundários. Quem não lembra dele no Twister? Ou em Felicidade? Boggie Nights?
- Sra. Henderson apresenta. Bob Hoskins é muito bom. Judy Dench igualmente. Eles seguram as pontas. Ainda tem os peitinhos da já citada Kelly.
- Ritmo de um sonho. A abertura do filme é muito boa. Um discurso e logo depois Buddy Guy tocando. A arte salva o gueto, este é o roteiro.
- Terra fria. Da mesma diretora do superestimado Encantadora de baleias. Tem um pouco mais de duas horas, poderia ficar menor sem prejudicar a história.
segunda-feira, março 06, 2006
oscar 2006.
O prêmio mais aguardado da indústria cinematográfica foi ontem de noite. Sim, estou falando do pequeno homem nu que o Silvio Santos copiou e chamou de troféu imprensa. O oscar.
A cerimônia foi uma belezura. Até que rápida também. A Simone do meu lado achou uma enrolação, mas em anos anteriores era bem pior. As vinhetas ficaram bonitas, o palco discreto. O apresentador pouco conhecido foi engraçadinho e não passou dos limites. Provavelmente terá outras chances de voltar ao Kodak Theater.
Homenagem mais que justa à Altman. Um ótimo diretor, mas por quem o grande público não nutre uma simpatia. Emprestei M.A.S.H. para alguns amigos, um tempo atrás, nenhum gostou. Não entenderem a mistura dos diálogos, nem o humor na guerra. Quem não conhece Altman deve correr e alugar – ou baixar – “Short cuts”.
A maioria dos prêmios foram entregues aos favoritos. Como Philip Seymour Hoffman e Rachel Weisz. Única surpresa ficou por conta do grande prêmio. Melhor filme ganhou “Crash”, e não o favorito “Brokeback mountain”. Mais uma daquelas injustiças que entram para a história da premiação. “Crash” é bom, mas não chega aos pés de outros indicados. Ele não entra na minha lista de melhores do ano. O que se pode falar desse filme, é a atuação surpreendente de Matt Dillon. Agora todo mundo vai correr pra ver. O oscar é tão conservador quanto à igreja católica.
Dava pra prever que “Crash” ganharia, depois que anunciaram melhor montagem para ele também. Concorrendo contra “Jardineiro fiel” – meu preferido neste item – e “Munique” – que injustamente não levou nada. Aqui já se mostrava a intenção dos votantes.
Vale uma nota ao prêmio de melhor trilha sonora. Para o argentino Gustavo Santaolalla. No ano passado ganhou um Uruguaio em melhor canção. Seria uma invasão sulamericana musical em Los Angeles? O tempo trará a resposta. Mas que a música de Santaolalla – que também compôs para “Diários de motocicleta” e “21 gramas – é muito boa, isso é.
Listas. Melhores e piores. Servem para causar discussão e polêmica. Cada um tem um o seu preferido e preterido. O importante é não deixar de ir ao cinema. E continuar discutindo...
A cerimônia foi uma belezura. Até que rápida também. A Simone do meu lado achou uma enrolação, mas em anos anteriores era bem pior. As vinhetas ficaram bonitas, o palco discreto. O apresentador pouco conhecido foi engraçadinho e não passou dos limites. Provavelmente terá outras chances de voltar ao Kodak Theater.
Homenagem mais que justa à Altman. Um ótimo diretor, mas por quem o grande público não nutre uma simpatia. Emprestei M.A.S.H. para alguns amigos, um tempo atrás, nenhum gostou. Não entenderem a mistura dos diálogos, nem o humor na guerra. Quem não conhece Altman deve correr e alugar – ou baixar – “Short cuts”.
A maioria dos prêmios foram entregues aos favoritos. Como Philip Seymour Hoffman e Rachel Weisz. Única surpresa ficou por conta do grande prêmio. Melhor filme ganhou “Crash”, e não o favorito “Brokeback mountain”. Mais uma daquelas injustiças que entram para a história da premiação. “Crash” é bom, mas não chega aos pés de outros indicados. Ele não entra na minha lista de melhores do ano. O que se pode falar desse filme, é a atuação surpreendente de Matt Dillon. Agora todo mundo vai correr pra ver. O oscar é tão conservador quanto à igreja católica.
Dava pra prever que “Crash” ganharia, depois que anunciaram melhor montagem para ele também. Concorrendo contra “Jardineiro fiel” – meu preferido neste item – e “Munique” – que injustamente não levou nada. Aqui já se mostrava a intenção dos votantes.
Vale uma nota ao prêmio de melhor trilha sonora. Para o argentino Gustavo Santaolalla. No ano passado ganhou um Uruguaio em melhor canção. Seria uma invasão sulamericana musical em Los Angeles? O tempo trará a resposta. Mas que a música de Santaolalla – que também compôs para “Diários de motocicleta” e “21 gramas – é muito boa, isso é.
Listas. Melhores e piores. Servem para causar discussão e polêmica. Cada um tem um o seu preferido e preterido. O importante é não deixar de ir ao cinema. E continuar discutindo...
Assinar:
Postagens (Atom)