O prêmio mais aguardado da indústria cinematográfica foi ontem de noite. Sim, estou falando do pequeno homem nu que o Silvio Santos copiou e chamou de troféu imprensa. O oscar.
A cerimônia foi uma belezura. Até que rápida também. A Simone do meu lado achou uma enrolação, mas em anos anteriores era bem pior. As vinhetas ficaram bonitas, o palco discreto. O apresentador pouco conhecido foi engraçadinho e não passou dos limites. Provavelmente terá outras chances de voltar ao Kodak Theater.
Homenagem mais que justa à Altman. Um ótimo diretor, mas por quem o grande público não nutre uma simpatia. Emprestei M.A.S.H. para alguns amigos, um tempo atrás, nenhum gostou. Não entenderem a mistura dos diálogos, nem o humor na guerra. Quem não conhece Altman deve correr e alugar – ou baixar – “Short cuts”.
A maioria dos prêmios foram entregues aos favoritos. Como Philip Seymour Hoffman e Rachel Weisz. Única surpresa ficou por conta do grande prêmio. Melhor filme ganhou “Crash”, e não o favorito “Brokeback mountain”. Mais uma daquelas injustiças que entram para a história da premiação. “Crash” é bom, mas não chega aos pés de outros indicados. Ele não entra na minha lista de melhores do ano. O que se pode falar desse filme, é a atuação surpreendente de Matt Dillon. Agora todo mundo vai correr pra ver. O oscar é tão conservador quanto à igreja católica.
Dava pra prever que “Crash” ganharia, depois que anunciaram melhor montagem para ele também. Concorrendo contra “Jardineiro fiel” – meu preferido neste item – e “Munique” – que injustamente não levou nada. Aqui já se mostrava a intenção dos votantes.
Vale uma nota ao prêmio de melhor trilha sonora. Para o argentino Gustavo Santaolalla. No ano passado ganhou um Uruguaio em melhor canção. Seria uma invasão sulamericana musical em Los Angeles? O tempo trará a resposta. Mas que a música de Santaolalla – que também compôs para “Diários de motocicleta” e “21 gramas – é muito boa, isso é.
Listas. Melhores e piores. Servem para causar discussão e polêmica. Cada um tem um o seu preferido e preterido. O importante é não deixar de ir ao cinema. E continuar discutindo...
depois de velho, continuou tarado.
segunda-feira, março 06, 2006
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