Há uns dez dias, compareci à um novo casamento. Desta vez não fui padrinho. Era um mortal, ali no meio do povão. Esta celebração sempre me provoca pensamentos. Na maioria ruins. Sem me meter em religião, analisarei da parte prática do negócio.
O que mais me impressiona é a gastança exagerada para uma festa igual à todas as outras. Dinheiro de monte, mas originalidade de menos. A noiva, o padre, o noivo, os convidados, as músicas, a igreja, segue-se o mesmo ritmo, as mesmas palavras, o mesmo final. Acho que já vi este filme antes. Já viu sim, mas os protagonistas eram diferentes. Eram? Não me lembro.
Tudo bem, na igreja é difícil inovar. Agora na festa. As músicas escolhidas são – inexplicavelmente – as conhecidas de sempre. Dá até pra fazer bolão. “It´s Rainning man” ou “Dacing Queen”? O que seria da festa sem as canções dos anos 70? O Dj teria que pensar muito... sairia mais caro. O engraçado é reparar que tocam as mesmas durante a parada gay.
A comida é sem sal. Comida que não arrisca. Que tem aquela cara horrível de buffet. Gosto que não diz nada. Ninguém arrisca e coloca um prato apimentado. Ou um ensopado esquisito. Eu tenho muita frescura para alimentos. Mas aquilo tudo tão sem-graça é chato demais. E porquê demoram tanto para servir? Ficamos sentado esperando, comendo torradas finas, metidas-à-besta, com gosto de vento.
Casório tem um lado bom, que é rever os antigos amigos, falar besteira. Mas para isso precisava gastar tanto em tanta coisa? Se for pra tirar o dinheiro do bolso, que pelo menos se busque a originalidade. Até porque a religiosidade está em falta... bom, mas isso já é outra história...
depois de velho, continuou tarado.
segunda-feira, setembro 04, 2006
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