depois de velho, continuou tarado.

domingo, julho 02, 2006

França.

Desculpem a fineza. Mas levamos uma baguetada no rabo. E quem nos enfiou foi um velho conhecido. Zinedine. O pior foi a impressão de que estávamos gostando. Ficamos de quatro, ele só teve o trabalho de penetrar.

Não culpo o Parreira por completo. Ninguém muda do dia pra noite. Seus times sempre foram burocráticos e cautelosos. Quem o colocou no cargo sabia o que esperar. Porém ele não conseguiu motivar uma seleção que – praticamente – já conquistou tudo. Como ele foi capaz de fazer com o grupo de 1994. Os jogadores pareciam unidos fora de campo, em rodas de samba e brincadeiras nos treinos. Dentro das quatro linhas, no entanto, fugiam uns dos outros.

No gramado, os craques pareciam desinteressados. Gastaram toda a arte nos comerciais. Poucos corriam, nenhum abria espaço. Era como se estivessem ali por obrigação. Batendo ponto. Bocejando. Poucos se salvaram, Dida, Lúcio e Juan. Justamente aqueles que olhávamos com desconfiança. Ainda temos que ouvir nas entrevistas pós-jogo, Ronaldo dizer “Futebol é assim mesmo. Se ganha e se perde”. Sim, fenômeno, qualquer esporte lida com estes sentimentos. O que não dá pra entender é perder passivamente.

C´est fine. Faltou alma. Faltou empenho. Faltou garra. Faltou vergonha na cara. Faltou entrega. Faltou futebol, enfim. E sobrou a baguete pra gente sentar.

3 comentários:

Lenita Outsuka disse...

Com o perdão do trocadilho, concordo de cabo a rabo.Só tem uma ressalva: é c'est fini.

André disse...

brasileiro nos últimos anos sofreu dupla penetração: seleção canarinho e PT.

Fabrizio Fernandes disse...

e a reforma agrária?!