Ela estava sozinha naquela ilha. As ondas vinham respondendo aos comandos da luz verde de um semáforo. Atravessar aquele mar de carros era complicado. Ela esperou e se divertiu.
O vácuo dos veículos passando levantava sua saia azul-marinha. Sem piedade nem vergonha, ela deixava o tecido flutuar como se não tivesse dona. A luz vermelha dos freios ao passar ao seu lado, tornavam o sorriso dela mais sacana ainda. Diminuíam a velocidade. O desejo tornava a cidade mais lenta.
De longe já sonhave em ver a cor de sua calcinha. Naquela distância me parecia de uma cor escura. Ao chegar mais perto, achei ter distinguido a cor rosa. Foi apenas um relance, numa golfada de ar que levantou um pouco mais o azul-marinho. Faltando alguns metros para a minha vez, me pareceu que não estava usando nada. Deixava os pentelhos tomar uma brisa.
Na minha vez, ouvi suas risadas, virei o pescoço e engoli seco. Vi. Suspirei. Que maravilha.
A Marilyn Monroe da Heitor Penteado tinha toda a razão em se mostrar daquele jeito. Divertindo-se em saber que pode tudo. O que ela tem, é bonito demais pra ficar escondido.
depois de velho, continuou tarado.
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Um comentário:
Afinal, tava toda solta?
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