Os pessimistas sempre sorriem.
Os otimistas, choram.
Pra todos um péssimo carnaval!
depois de velho, continuou tarado.
sábado, fevereiro 25, 2006
quarta-feira, fevereiro 22, 2006
No CineSESC.
Preparem-se!
Na semana que vem, dia 03, sexta-feira, às 23h, no CineSESC, meu mais recente trabalho autoral será projetado. Isso mesmo, "A Meretriz e o Leão", numa sessão única, em um dos melhores cinemas de São Paulo. É de graça!
Todos estão convidados!
Na semana que vem, dia 03, sexta-feira, às 23h, no CineSESC, meu mais recente trabalho autoral será projetado. Isso mesmo, "A Meretriz e o Leão", numa sessão única, em um dos melhores cinemas de São Paulo. É de graça!
Todos estão convidados!
boa semana.
Na semana passada vi fotos da Maria de biquini. E ainda estreou o novo filme do Woody com a sexy Scarlett. É... foi uma boa semana.
(a foto de scarlett é cortesia do grande ZP.)
(a foto de scarlett é cortesia do grande ZP.)
segunda-feira, fevereiro 20, 2006
O novo do Allen.
Woody Allen é um cineasta prolifero. Desde 1992, lança um filme por ano. Assim, é natural que alguns não sejam tão bons quanto outros. “Ponto final” é sem dúvida bom, porém não acho que venha a ser um ponto alto em sua carreira.
Este é um filme diferente de Allen, já percebia pelo trailler. Em dois terços, um desavisado pode não perceber que vê uma obra dele. Claro que tem muitos de seus trejeitos, mas ficam isolados numa história que já vimos antes, sobre um triângulo amoroso. No terço final a coisa muda um pouco, com um crime e a entrada de dois policiais.
Por isso, o resultado fica irregular. Me estranha, particularmente, o fato da explicação da grande sacada do filme estar na boca de personagens fora da história original. É complicado dizer mais e não estragar o filme. E que, mesmo, assim, o roteiro esteja concorrendo ao oscar.
Temos boas atuações. A participação da estonteante Scarlett. Bons diálogos. Belas locações e uma direção segura. É um bom programa, mas Woody já arriscou mais e já acertou mais também.
Este é um filme diferente de Allen, já percebia pelo trailler. Em dois terços, um desavisado pode não perceber que vê uma obra dele. Claro que tem muitos de seus trejeitos, mas ficam isolados numa história que já vimos antes, sobre um triângulo amoroso. No terço final a coisa muda um pouco, com um crime e a entrada de dois policiais.
Por isso, o resultado fica irregular. Me estranha, particularmente, o fato da explicação da grande sacada do filme estar na boca de personagens fora da história original. É complicado dizer mais e não estragar o filme. E que, mesmo, assim, o roteiro esteja concorrendo ao oscar.
Temos boas atuações. A participação da estonteante Scarlett. Bons diálogos. Belas locações e uma direção segura. É um bom programa, mas Woody já arriscou mais e já acertou mais também.
terça-feira, fevereiro 14, 2006
O amor de dois filmes.
Gostaria de fazer um paralelo entre dois filmes cujo o mote principal é o amor versus a sociedade. “Apenas um beijo”, de Ken Loach e “O segredo de Brokeback mountain”, de Ang Lee.
No primeiro, um paquistanês briga com sua família inteira para poder amar uma irlandesa. Em “O segredo...”, dois homens escondem um forte sentimento, para viver em paz com a sociedade. O filme de Loach se passa nos dias de hoje, Lee nos transporta para os anos 60 em sua história.
Em pouco mais de quarenta anos, o mundo mudou muito. Ontem aceitava-se resignado que uma paixão fosse proibida, atualmente vira-se o mundo de pernas pro ar para poder se amar. Será que não estamos escutando muitas canções de amor? Será que o amor não é supervalorizado?
Todos desejamos que nossas vidas tenham um final feliz, como um filme. Na sala escura, a história acaba quando o mocinho conquista a mocinha. Na vida real, temos de passar um par de anos ao lado daquela pessoa. Não existe um instante de amor. Ninguém vem subir nossos créditos. Amor na tela dura dez minutos, na terra tem que durar mais.
Talvez o que manteve o amor dos cowboys sempre aceso foi a proibição, a dificuldade. O fato de não poder ser exclusivo no cotidiano. Não sei quanto durará o apego entre a loira irlandesa e o moreno paquistanês. Que seja eterno enquanto dure. Mesmo que esta eternidade dure apenas alguns meses? Muito pouco para uma palavra tão bonita e forte, não é?
Num filme político, tudo deve ser contado como se fosse documental. O palavreado, as ações, a burocracia – enfim -, a realidade projetada será muito próxima da realidade que vivemos. Num filme romântico não. Acidentes improváveis, anjos descem à terra, vizinhos enxeridos, tudo conspira para que o amor aconteça.
A conclusão óbvia é que filmes são apenas filmes. Não devem ser levados a sério. A vida real é bem diferente. Sim, todos sabemos disso. Ainda assim, vivemos à procura de um amor de cinema.
No primeiro, um paquistanês briga com sua família inteira para poder amar uma irlandesa. Em “O segredo...”, dois homens escondem um forte sentimento, para viver em paz com a sociedade. O filme de Loach se passa nos dias de hoje, Lee nos transporta para os anos 60 em sua história.
Em pouco mais de quarenta anos, o mundo mudou muito. Ontem aceitava-se resignado que uma paixão fosse proibida, atualmente vira-se o mundo de pernas pro ar para poder se amar. Será que não estamos escutando muitas canções de amor? Será que o amor não é supervalorizado?
Todos desejamos que nossas vidas tenham um final feliz, como um filme. Na sala escura, a história acaba quando o mocinho conquista a mocinha. Na vida real, temos de passar um par de anos ao lado daquela pessoa. Não existe um instante de amor. Ninguém vem subir nossos créditos. Amor na tela dura dez minutos, na terra tem que durar mais.
Talvez o que manteve o amor dos cowboys sempre aceso foi a proibição, a dificuldade. O fato de não poder ser exclusivo no cotidiano. Não sei quanto durará o apego entre a loira irlandesa e o moreno paquistanês. Que seja eterno enquanto dure. Mesmo que esta eternidade dure apenas alguns meses? Muito pouco para uma palavra tão bonita e forte, não é?
Num filme político, tudo deve ser contado como se fosse documental. O palavreado, as ações, a burocracia – enfim -, a realidade projetada será muito próxima da realidade que vivemos. Num filme romântico não. Acidentes improváveis, anjos descem à terra, vizinhos enxeridos, tudo conspira para que o amor aconteça.
A conclusão óbvia é que filmes são apenas filmes. Não devem ser levados a sério. A vida real é bem diferente. Sim, todos sabemos disso. Ainda assim, vivemos à procura de um amor de cinema.
quinta-feira, fevereiro 09, 2006
Alguns que vi.
Palavras sobre alguns filmes que vi este ano.
- Soldado anônimo. Bom filme. Explora a guerra moderna, do petróleo. É atual, mas não atualizado. Sam Mendes fala de algo que ainda está muito próximo, que não sabemos que fim terá. Daqui uns anos será considerado um grande filme, ou um fiasco.
- Palavras de amor. Pouca gente prestou atenção neste filme. O título e a presença de Richard Gere enganam. Fala de Deus, de família, de palavras. Filme inteligente. Melhor roteiro que vi este ano.
- Munique. Digo e repito: Spielberg sabe contar uma história. Qualquer história. Sabe envolver o espectador. Filme que tem passado. Gostei.
- Paradise now. Mostra um pouco, para nós ocidentais, o universo do homem-bomba. É bom, porém tem uma correria no meio que fica deslocada. Vale muito pela curiosidade que os conflitos naquela região provocam.
- O segredo de Brokeback Mountain. Depois deste filme, nunca mais dois amigos podem dizer que estavam pescando sem que alguém não levante as sobrancelhas desconfiado. O amor gay comove. Seria um filme melhor se tivesse sido feito há uns anos. Teria mais força, causaria mais polêmica. Hoje é mais um de amor. Mas um bom de amor.
- Crime delicado. Gosto de Beto Brant. Mas aqui ele se perde um pouco na sua tentativa. Tenta muito e acerta pouco. Muito blá blá blá. Sr. Brant, por favor retorne aos filmes de ação.
- Soldado anônimo. Bom filme. Explora a guerra moderna, do petróleo. É atual, mas não atualizado. Sam Mendes fala de algo que ainda está muito próximo, que não sabemos que fim terá. Daqui uns anos será considerado um grande filme, ou um fiasco.
- Palavras de amor. Pouca gente prestou atenção neste filme. O título e a presença de Richard Gere enganam. Fala de Deus, de família, de palavras. Filme inteligente. Melhor roteiro que vi este ano.
- Munique. Digo e repito: Spielberg sabe contar uma história. Qualquer história. Sabe envolver o espectador. Filme que tem passado. Gostei.
- Paradise now. Mostra um pouco, para nós ocidentais, o universo do homem-bomba. É bom, porém tem uma correria no meio que fica deslocada. Vale muito pela curiosidade que os conflitos naquela região provocam.
- O segredo de Brokeback Mountain. Depois deste filme, nunca mais dois amigos podem dizer que estavam pescando sem que alguém não levante as sobrancelhas desconfiado. O amor gay comove. Seria um filme melhor se tivesse sido feito há uns anos. Teria mais força, causaria mais polêmica. Hoje é mais um de amor. Mas um bom de amor.
- Crime delicado. Gosto de Beto Brant. Mas aqui ele se perde um pouco na sua tentativa. Tenta muito e acerta pouco. Muito blá blá blá. Sr. Brant, por favor retorne aos filmes de ação.
sexta-feira, fevereiro 03, 2006
Ilhada.
Ela estava sozinha naquela ilha. As ondas vinham respondendo aos comandos da luz verde de um semáforo. Atravessar aquele mar de carros era complicado. Ela esperou e se divertiu.
O vácuo dos veículos passando levantava sua saia azul-marinha. Sem piedade nem vergonha, ela deixava o tecido flutuar como se não tivesse dona. A luz vermelha dos freios ao passar ao seu lado, tornavam o sorriso dela mais sacana ainda. Diminuíam a velocidade. O desejo tornava a cidade mais lenta.
De longe já sonhave em ver a cor de sua calcinha. Naquela distância me parecia de uma cor escura. Ao chegar mais perto, achei ter distinguido a cor rosa. Foi apenas um relance, numa golfada de ar que levantou um pouco mais o azul-marinho. Faltando alguns metros para a minha vez, me pareceu que não estava usando nada. Deixava os pentelhos tomar uma brisa.
Na minha vez, ouvi suas risadas, virei o pescoço e engoli seco. Vi. Suspirei. Que maravilha.
A Marilyn Monroe da Heitor Penteado tinha toda a razão em se mostrar daquele jeito. Divertindo-se em saber que pode tudo. O que ela tem, é bonito demais pra ficar escondido.
O vácuo dos veículos passando levantava sua saia azul-marinha. Sem piedade nem vergonha, ela deixava o tecido flutuar como se não tivesse dona. A luz vermelha dos freios ao passar ao seu lado, tornavam o sorriso dela mais sacana ainda. Diminuíam a velocidade. O desejo tornava a cidade mais lenta.
De longe já sonhave em ver a cor de sua calcinha. Naquela distância me parecia de uma cor escura. Ao chegar mais perto, achei ter distinguido a cor rosa. Foi apenas um relance, numa golfada de ar que levantou um pouco mais o azul-marinho. Faltando alguns metros para a minha vez, me pareceu que não estava usando nada. Deixava os pentelhos tomar uma brisa.
Na minha vez, ouvi suas risadas, virei o pescoço e engoli seco. Vi. Suspirei. Que maravilha.
A Marilyn Monroe da Heitor Penteado tinha toda a razão em se mostrar daquele jeito. Divertindo-se em saber que pode tudo. O que ela tem, é bonito demais pra ficar escondido.
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