Acredito que ao transpor o livro para roteiro, deve-se – num segundo momento – esquecer o as páginas da obra original. O primeiro momento é ler o dito cujo. Leia e esqueça as letras. Foque na ação. No que as câmeras conseguem captar.
Isso não foi feito em “Pecados íntimos”. Percebe-se pela inútil presença de uma narração em off e em algumas cenas que podem render bons capítulos no livro, mas que deveriam ficar de fora dos fotogramas. A presença do autor, Tom Perrotta como roteirista talvez não tenha ajudado muito.
Por mais que hoje em dia digam que alguns livros parecem escritos para virar filmes, fazer isso realmente acontecer é bem complicado. Saímos do cinema com a sensação de que o filme poderia ser melhor, mas que o livro deve ser muito bom.
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