Todo mundo sabe, Spielberg e Eastwood são dois grandes diretores. Quando anunciaram que fariam um filme juntos, todos aguardavam um grande filme.
No lançamento de “A conquista da honra”, dava pra perceber que faltava ritmo de jogo. O meio-campo atrapalhado, Steven e Clint bateram cabeças. A história estava truncada, com tantas idas e vindas no tempo. Fiquei com a impressão de que um influenciou o trabalho do outro e a história sofreu as conseqüências. Não é um Spielberg nem um Eastwood. Algo no meio do caminho. Abaixo dos dois, acima de muitos.
No filme seguinte isso tudo foi resolvido. Steven ficou mais atrás, protegendo a zaga. Deixou Clint livre para criar e se movimentar como quisesse. O resultado, um clássico. “Cartas de Iwo Jima”. Tem a cara – e o olhar – de Eastwood. Se não prestar atenção nos créditos até esquecemos que o Spielberg esteve ali.
Imagino Clint no Japão. Sentado numa praça, a observar os velhos de olhos puxados se exercitando nas primeiras horas do dia. “Os mestres também treinam”, ele pensa.
Um comentário:
uau! preto : )
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