Realmente é um filme acima da média. Excelente produção, bela fotografia. A direção achei um pouco afetada em alguns momentos, exagerando em planos “espertos”, desviando da seriedade proposta pela história. O ator-mirim está muito bem, assim como o resto do elenco pré-adolescente. O único senão é o roteiro - que parte uma boa idéia - mas é irregular.
A aposta do diretor Cao Hamburger, está na solidão do garoto, que espera o retorno de seus pais. Assim, pouco explora o velho Shlomo, que também é só no mundo. Acho que Cao ficou com medo de cair no melodrama. Preferiu se manter no terreno conhecido, já que havia dirigido outros filmes com elenco infantil. Ao não arriscar, acredito que perdeu a chance de contar uma história ainda melhor.
“O ano...” é um bom filme. Que merece ser visto. Hamburger é um bom diretor. Que precisa amadurecer.
2 comentários:
Talvez por esse ter sido o primeiro filme "realmente adulto" de Cao Hamburguer, ele tenha ficado ansioso em demasia e abdicado de ousar mais em seu trabalho. Ainda não vi O Ano que meus pais saírm de férias, mas pretendo vê-lo em DVD (principalmente agora que foi selecionado para o Festival de Berlim, meu interesse aumentou bastante na película).
(http://claque-te.blogspot.com): Babel, de Alejandro González Iñárritu.
Abraços do crítico da caverna.
vai passar no cinesesc de sao carlos no fim do mes, devo ir conferir.
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