Logo no início do filme, o personagem principal diz que Deus criou primeiro as palavras, e depois as coisas que cada uma significa. Podemos dizer que, em “A máquina”, o roteirista criou primeiro as situações e depois esqueceu de lhe trazer um conteúdo.
Tudo parece ocorrer pura e simplesmente por gosto do criador. Os personagens são marionetes que balançam de um lado para outro sem saber muito bem porquê. Assim, o espectador se sente um boneco também. Acompanha a história se perceber por onde caminha.
Ao ler os créditos talvez consigamos entender o que se passou. São muitos os sobrenomes Falcão. Da mesma família: autora do livro, autores da peça e agora do filme. Acontece que livros e peças tem seu apoio nas palavras. Filmes nas imagens. Deve ser por isso que fala-se muito e se faz pouco durante os noventa minutos de projeção.
Lembram do Zinho? Aquele que jogou no Flamengo? Que quando jogava com a canarinho, diziam que parecia enceradeira, pois girava, girava e não saia do lugar? Então, “A máquina” é o Zinho nos cinemas.
depois de velho, continuou tarado.
segunda-feira, março 27, 2006
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4 comentários:
dizem que no princípio era o verbo. já o arnaldo diz que antes de existir alfabeto existia a voz. e antes da voz, o silêncio. arnaldo é deus. já a "máquina de fazer nada" não está quebrada. é engrenagem de uma peça só.
bicicleta + um pouco de peso extra = cotovelo quebrado !
mas ja tirei o gesso, agora só falta ele voltar a se mover e dar o ar da graça.
primeiro veio o livro. e livros são "instituições sagradas". virando peça ou filme sempre dá um angú de caroço. mas sou suspeita para falar, porque "a máquina" é um dos livros da minha história. vi a peça. não vi o filme. e depois dessa, não vou ver. ;o)
ei folclórico gomes, vamos então?
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