depois de velho, continuou tarado.

sábado, janeiro 28, 2006

Em promoção.

Loja de 1,99.
Pergunta idiota. Quanto é isso?
Resposta rápida. Dois reais.
Interjeição de surpresa. Hã?
Explicação racional. É que estou sem troco hoje.

A pergunta não é mais idiota.

quinta-feira, janeiro 26, 2006

p. leminski.

nunca sei ao certo
se sou um menino de dúvidas
ou um homem de fé

certezas o vento leva
só dúvidas continuam de pé



(pág. 38. O ex-estranho)

Perdeu.

Maria está fora da Austrália.
Derrotada nas semi.
Que pena!

segunda-feira, janeiro 23, 2006

acredite, se quiser.

nem tudo é verdade.
verdade é uma vontade.
escrever transforma a verdade.
verdade é aquilo que você deseja.
o real nunca é verdade.

leia e não acredite.

domingo, janeiro 22, 2006

deu Maria.

Aberto da Austrália.
Sharapova venceu Hantuchova.
Duplo 6-4.
Uma hora, trinta e sete minutos de partida.
Que venham outras.

sábado, janeiro 21, 2006

Ver verão.

Dá uma moleza baiana só de olhar o termômetro marcando mais de trinta graus. Verão combina com lezeira. Ficar em casa. Na frente do ventilador. Tomando limonada. Com muito gelo.

Mas é bom lutar contra esta suada inércia. Colocar um boné, óculos escuros e ficar olhando as marquinhas de biquíni nas meninas. Medindo o tamanho da tarja de pele clara. Imaginar o modelo que cada uma vestia na praia. Como seria o triângulo que moldura o bico do seios?

Aquela garota com cara de santa usava um pequeno. A com um pouco mais de peso, um maior, para sustentar. Bronzeada sem marcas, ou era tomara-que-caia ou top-less. Aquela peituda está branquela, deve ter aproveitado as férias para turbinar, está pensando “no ano que vem, eu arraso”. A volta no reveillon é sempre frutífera para este tipo de observação.

E ainda tem as chuvas de verão, como a que me pegou no outro dia. Na hora eu amaldiçoei. Estas pancadas de água começam rápido e vem sem muito aviso. Porém, me protegendo dentro de um shopping, mudei de idéia no momento em que vi uma desprevenida, molhada e de camiseta branca. O tecido alvo, transparecendo as partes íntimas. Comecei a procurar outras desavisadas.

Fiquei na frente da entrada principal. Encostado. Dando boas-vindas as molhadinhas. Meu concurso de camiseta molhada particular. Sutiãs pretos, brancos, vermelhos, rosas, verdes, amarelos. Meninas de quatorze usando rendas. Mulheres feitas, ao natural. Em algumas dava pra ver até a marquinha do biquíni. O pano claro permite uma melhor apreciação, porém alguns mais escuros podem ser bastante sensuais quando molhados e grudados na pele.

Calor, peles bronzeadas e camisetas molhadas. Fugir da moleza não é fácil. Contudo, no dia certo pode ser compensador.

O importante é competir.

- maria e daniela-

De madrugada. Aberto da Austrália. Duelo de belas. Sharapova versus Hantuchova. Russa contra eslovaca. Loiras. Melhor que sessão privê. Que sexytime.

Soul triste.

Morreu no dia 19 último Wilson Pickett. Um dos grandes do soul. Gostava de dizer que cantava melhor que James Brown. "Ele canta com a garganta, eu com as entranhas". Realmente sua voz era única.

Muitos clássicos do estilo foram imortalizados por ele. Try a little tenderness. Land of a 1000 dances. Mustang Sally. Everybody needs somebody. A black music não será a mesma sem o estiolo de Wilson. Se ainda não sabe quem é, vale a pena baixar umas. Ou alugar "Only the strong survive", que conta um pouco da história da soul e de Pickett.

quinta-feira, janeiro 19, 2006

Hidro hai-kai.






natação.

água nos traz
saudades
das guelras.

segunda-feira, janeiro 16, 2006

007

"Tudo em família" (The family stone)
dir: Thomas Bezucha;
com: Claire Danes, Diane Keaton, Rachel McAdams, Dermot Mulroney e
Sarah Jessica Parker;
EUA.

sexta-feira, janeiro 13, 2006

Vezes quatro.

Fotos tiradas com uma máquina de plástico à corda.
Quer ver mais? Bolina aqui.

segunda-feira, janeiro 09, 2006

hai-kai felino.





indeciso no ato
torce retorce
o rabo do gato.

sexta-feira, janeiro 06, 2006

Transporte público III.

Quando ando de metrô, gosto de sentar naqueles bancos que ficam paralelos ao sentido que o trem viaja. Assim, num virar de cabeça consigo observar todos que estão dentro do vagão. Na linha nova – que costumo utilizar – estes assentos não são em duplas, como nas vias antigas. São unitários. Parece que está de castigo. Ouço a conversa das senhoras, fico de olho nas garotas bonitas, evito contato com os homens e não perco minha estação.

Ontem consegui sentar neste banco. Foi fácil, nem sempre é assim. Era começo da noite. Como estamos no período de férias, o trem estava vazio. Só um cara lá no fundo, que parecia bêbado. E eu. Até que entrou uma morena.

Sentou bem na minha frente. Acho que queria ficar longe do outro sujeito. Usava uma camisetinha apertada, branca e cheia de rendinhas. Uma calça marrom, também justinha. Carregava uma sacola de compras com um logotipo de grife e uma pequena bolsa de mão. Dessas novas que parecem antigas.

As portas fecharam, o metrô continuou seu curso. Ela abriu a bolsetinha e tirou de dentro um saco de papel branco. Olhou para os lados. O bebum continuava no mesmo lugar e eu disfarcei que não observava. Voltou o olhar para o conteúdo do embrulho alvo. Abriu devagar. Firmou os olhos. Lambeu os beiços. O trem parou. Ela fechou de novo o embrulho.

Entrou uma senhora que sentou lá atrás. Um negro grande que ficou de pé na porta, no meio do vagão. O apito e as portas fecham. Novamente estamos em movimento.

Quem tenta disfarçar agora é ela. Fingindo que não, ela dá uma geral nas pessoas novas do vagão. Se ela tivesse escolhido o assento correto seria mais fácil esconder. Sentada naquele banco, todo mundo percebeu que ela ocultava algo.

Terminada a inspeção, ela abre vagarosamente o saco de papel. Engole seco. Enfia a mão dentro. Com os olhos cada vez mais arregalados, vem retirando devagar e o seu conteúdo. Apesar do invólucro ser pequenino, o que sai dali tem um tamanho considerável. Um grande kibe.

Fim do suspense. Os movimentos agora são ágeis. Assim que saiu do saco branco, o bolinho de carne moída levou uma grande mordida na sua ponta. Rapidamente, sem que o pobre pudesse reagir, ela espreme limão na ferida do moribundo acepipe árabe. Mordendo-o três vezes sem intervalos. Nchac, nchac, nchac!

O azedo numa mão. O salgado na outra. Usa o primeiro para molhar o segundo. Nunca vi tanta habilidade no manejar. Um, dois, nchac! Um, dois, nchac! O general Patton lhe ensinou a comer kibe, pelo jeito.

Zás e o mouro virou bolo alimentar. O metrô faz mais uma parada. As portas abrem e ela corre para a saída. Sem encarar ninguém, olhando para baixo, como se tivesse envergonhada. Ela passa do meu lado e ainda sinto o cheiro da carne em sua boca.

Sem dúvida, estava no camarote vip do metrô.

quarta-feira, janeiro 04, 2006

Sem contas.

Não vou mais escrever aqui um por um os filmes que assistir. Estava me enchendo um pouco. E, muitas vezes, estas páginas ficavam parecendo guia de programação. Vez ou outra postarei aqui, apenas para que os leitores saibam em quantas andam a minha contagem particular.

Não sei se alguém liga pra isso, mas enfim...