
Chegando no lugar, ninguém sabia da onda gigante. Logo fomos sabatinados. Como? Onde? Porquê? Não conseguiam acreditar. Mas com a chegada de mais turistas, a confirmação foi inevitável. Cada pessoa nova que aparecia, respondia várias questões. Depois lhe perguntavam o nome. Prazer... que desgraça, né? E o assunto continuava.
Uns eram bem formais e didáticos. Sabiam a velocidade, altura, força, escala richter. Outros faziam cara de quem tinha visto um fantasma e começavam a descrever cenas dos vídeos amadores. Uma criança boiando num colchão. Um homem desesperado em cima da árvore. Carros sendo levados como se fossem de brinquedo.
Logo começaram as piadas e as perguntas de se... Se você estivesse lá, o que faria? Corria. Filmava. Mergulhava. Subia em árvores. Rezava. Se pudesse escolher alguém pra colocar na praia naquele instante, quem seria? O presidente americano ganhou disparado. Hoje, talvez, o nosso ganhasse. Nem muita água salgada acaba com as obviedades.
Depois da passagem do ano, comecei a perguntar quem havia ganho a corrida de São Silvestre. Hã? Corrida? Sei lá. Passei a ser visto como alienígena. Só é prova de atletismo mais tradicional do Brasil, mas parece que ninguém presta atenção.
Quando voltei pra São Paulo, resolvi ler um pouco sobre o desastre e filtrar as informações que havia recebido. Logo no primeiro jornal que peguei, uma foto me chama a atenção, logo abaixo leio “Luxa faz primeiro treino no real”. Fiquei assustado. Ninguém disse que o Vanderley tinha assumido o time de Madrid. Não liguei mais pra onda. Meu Tsunami foi o Luxemburgo.
Hoje ele nem é mais treinador dos galácticos. Aparentemente está de volta à baixada. Meu word ainda acha que tsunami não existe, grifa a palavra de vermelho. Com certeza, numa próxima versão ele já saberá o que é. Robert Cheruyiot, do Quênia, ganhou a São Silvestre pela segunda vez.
2 comentários:
Estamos assitindo o fim dos tempos.
A natureza esta pedindo ajuda, o ecossitema esta em total colapso.
O homem continua destrindo o planeta, e pior, o Lula, querendo unir o nada a lugar nenhum, visando mais e mais propina.
Onde vamos parar...
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