Este ano fui ao cinema ver 218 filmes. Ano passado foram 185. Portanto, são 33 a mais. Um aumento de 17,8%. Nos meses de novembro e dezembro eu fui pouco. Acho que cansei um pouco.
Abaixo escrevo aqueles que mais gostei. Não estão organizados por ordem de melhor-pior. Os coloquei na ordem que vi durante o ano.
- Perto demais, Mike Nichols.
- Sideways, Alexander Payne.
- Menina de ouro, Clint Eastwood.
- Old boy, Park Chan-Wook.
- Guerra dos mundos, Steven Spielberg.
- Sin City, Robert Rodriguez e Frank Miller.
- Wallace & Gromit – A batalha dos vegetais, Nick Park.
- O senhor das armas, Andrew Niccol.
- Por dentro da Garganta Profunda, Fenton Bailey e Randy Barbato.
- Boa noite e boa sorte, George Clooney.
- Marcas da violência, David Cronenberg.
- Mistérios da carne, Greg Araki.
- King Kong, Peter Jackson.
Podem falar mal da minha lista. Muitos desses filmes não permanecerão entre os meus favoritos pelo resto da minha vida. Alguns que não dei importância podem ter um lugar ao sol no futuro. Hoje, são o que vi de melhor em 2005.
depois de velho, continuou tarado.
sexta-feira, dezembro 30, 2005
quarta-feira, dezembro 28, 2005
segunda-feira, dezembro 26, 2005
sábado, dezembro 24, 2005
uma história de natal.
Hoje conheci o bom velhinho. De presentes, ele me deixou números. Foi algo que não acontece todos os dias. Vou lembrar disso por muitos natais.
Voltava de minhas últimas compras natalinas. Pequenas lembranças que compro numa loja na Vila Madalena. São coisinhas artesanais. Passo por ali há um par de anos. Dou em cima da vendedora de olhos grandes e jeitinho comportado. Acabo levando mais do que imaginava.
Ainda sem conseguir o telefone da mocinha e com os presentes embrulhados no banco traseiro, seguia para minha casa. Pela Girassol. No encontro com a Wisard, existe um enorme aviso pintado com letras maiúsculas no asfalto. DEVAGAR. Um cruzamento movimentado. Fui de mansinho. Sem pressa. É natal. Tem até aqueles faróis amarelos piscantes, cruze com cuidado. Um semáforo deste foi usado numa campanha contra AIDS.
Escuto uma freada violenta. Olho para os lados. Não vejo nada. Um grande barulho. E meu carro balança. Me abalroou por trás. Olho para o lado, o bom velhinho levanta os ombros e faz uma cara de “desculpa aí”.
Paro meu carro logo depois do cruzamento. O trenó - ou melhor - Fiat uno do bom velhinho não anda mais.
Eu desço, estou inteiro. Ele desce, mancando. Vem ao meu encontro. Tentei frear, vi que não daria tempo, aí tentei desviar. Interrompo, digo “não conseguiu”. Pois é, mas podia ser pior. Que sorte, hein – minha ironia escapa. O senhor está mancando. É uma maldita unha encravada que não me deixa em paz.
O bom velhinho é simpático. Admite a desatenção. A merda já foi feita, não tem porque estressar. Liga pro seguro. Eu ligo pro meu. Antes dos guinchos chegarem, fico com os números. De sinistro, telefone, R.G., celular, registro de segurado. Ele mora na Purpurina, há quarenta anos, não é fofo? Vou ouvir os diabos de minha mulher, lamenta o senhor de poucos cabelos brancos.
Ainda tremendo, com uma mão ajeitando os óculos bifocais e a outra estendida, me cumprimenta. Foi mal e feliz natal, pra você e sua família.
Feliz natal, bom velhinho, espero que ganhe um par de óculos novos.
obs: não conesgui uma foto de velhinho boa. mas acho que esta aí serve, né?
Voltava de minhas últimas compras natalinas. Pequenas lembranças que compro numa loja na Vila Madalena. São coisinhas artesanais. Passo por ali há um par de anos. Dou em cima da vendedora de olhos grandes e jeitinho comportado. Acabo levando mais do que imaginava.
Ainda sem conseguir o telefone da mocinha e com os presentes embrulhados no banco traseiro, seguia para minha casa. Pela Girassol. No encontro com a Wisard, existe um enorme aviso pintado com letras maiúsculas no asfalto. DEVAGAR. Um cruzamento movimentado. Fui de mansinho. Sem pressa. É natal. Tem até aqueles faróis amarelos piscantes, cruze com cuidado. Um semáforo deste foi usado numa campanha contra AIDS.
Escuto uma freada violenta. Olho para os lados. Não vejo nada. Um grande barulho. E meu carro balança. Me abalroou por trás. Olho para o lado, o bom velhinho levanta os ombros e faz uma cara de “desculpa aí”.
Paro meu carro logo depois do cruzamento. O trenó - ou melhor - Fiat uno do bom velhinho não anda mais.
Eu desço, estou inteiro. Ele desce, mancando. Vem ao meu encontro. Tentei frear, vi que não daria tempo, aí tentei desviar. Interrompo, digo “não conseguiu”. Pois é, mas podia ser pior. Que sorte, hein – minha ironia escapa. O senhor está mancando. É uma maldita unha encravada que não me deixa em paz.
O bom velhinho é simpático. Admite a desatenção. A merda já foi feita, não tem porque estressar. Liga pro seguro. Eu ligo pro meu. Antes dos guinchos chegarem, fico com os números. De sinistro, telefone, R.G., celular, registro de segurado. Ele mora na Purpurina, há quarenta anos, não é fofo? Vou ouvir os diabos de minha mulher, lamenta o senhor de poucos cabelos brancos.
Ainda tremendo, com uma mão ajeitando os óculos bifocais e a outra estendida, me cumprimenta. Foi mal e feliz natal, pra você e sua família.
Feliz natal, bom velhinho, espero que ganhe um par de óculos novos.
obs: não conesgui uma foto de velhinho boa. mas acho que esta aí serve, né?
Yippee-ki-yay.
Meu filme de natal favorito: Duro de matar. Die hard, 1988, dirigido por John McTiernan. Colocou o nome de Bruce Willis nas telas de cinema. Os filmes de ação nunca mais foram os mesmos.
215
"King Kong" (King Kong)
dir: Peter Jackson;
com: Naomi Watts, Jack Black, Adrien Brody e Andy Serkis;
EUA.
dir: Peter Jackson;
com: Naomi Watts, Jack Black, Adrien Brody e Andy Serkis;
EUA.
domingo, dezembro 18, 2005
214
"As crônicas de Nárnia - o leão, a feiticeira e o guarda-roupas" (The chronicles of Narnia: The lion, the witch and the wardrobe)
dir: Andrew Adamson;
com: Georgie Henley, Skandar Keynes, William Moseley, Anna Popplewell e Jim Broadbent.
EUA.
dir: Andrew Adamson;
com: Georgie Henley, Skandar Keynes, William Moseley, Anna Popplewell e Jim Broadbent.
EUA.
quarta-feira, dezembro 14, 2005
Tsunami.
No ano passado fui viajar um dia depois do Tsunami. Escolhi passar o reveillon com alguns amigos, num lugar sem luz elétrica. Só se chega ali de barco ou por uma trilha. Pelas águas, demora quarenta. Camelando, uns dizem quatro, outros oito.
Chegando no lugar, ninguém sabia da onda gigante. Logo fomos sabatinados. Como? Onde? Porquê? Não conseguiam acreditar. Mas com a chegada de mais turistas, a confirmação foi inevitável. Cada pessoa nova que aparecia, respondia várias questões. Depois lhe perguntavam o nome. Prazer... que desgraça, né? E o assunto continuava.
Uns eram bem formais e didáticos. Sabiam a velocidade, altura, força, escala richter. Outros faziam cara de quem tinha visto um fantasma e começavam a descrever cenas dos vídeos amadores. Uma criança boiando num colchão. Um homem desesperado em cima da árvore. Carros sendo levados como se fossem de brinquedo.
Logo começaram as piadas e as perguntas de se... Se você estivesse lá, o que faria? Corria. Filmava. Mergulhava. Subia em árvores. Rezava. Se pudesse escolher alguém pra colocar na praia naquele instante, quem seria? O presidente americano ganhou disparado. Hoje, talvez, o nosso ganhasse. Nem muita água salgada acaba com as obviedades.
Depois da passagem do ano, comecei a perguntar quem havia ganho a corrida de São Silvestre. Hã? Corrida? Sei lá. Passei a ser visto como alienígena. Só é prova de atletismo mais tradicional do Brasil, mas parece que ninguém presta atenção.
Quando voltei pra São Paulo, resolvi ler um pouco sobre o desastre e filtrar as informações que havia recebido. Logo no primeiro jornal que peguei, uma foto me chama a atenção, logo abaixo leio “Luxa faz primeiro treino no real”. Fiquei assustado. Ninguém disse que o Vanderley tinha assumido o time de Madrid. Não liguei mais pra onda. Meu Tsunami foi o Luxemburgo.
Hoje ele nem é mais treinador dos galácticos. Aparentemente está de volta à baixada. Meu word ainda acha que tsunami não existe, grifa a palavra de vermelho. Com certeza, numa próxima versão ele já saberá o que é. Robert Cheruyiot, do Quênia, ganhou a São Silvestre pela segunda vez.
Chegando no lugar, ninguém sabia da onda gigante. Logo fomos sabatinados. Como? Onde? Porquê? Não conseguiam acreditar. Mas com a chegada de mais turistas, a confirmação foi inevitável. Cada pessoa nova que aparecia, respondia várias questões. Depois lhe perguntavam o nome. Prazer... que desgraça, né? E o assunto continuava.
Uns eram bem formais e didáticos. Sabiam a velocidade, altura, força, escala richter. Outros faziam cara de quem tinha visto um fantasma e começavam a descrever cenas dos vídeos amadores. Uma criança boiando num colchão. Um homem desesperado em cima da árvore. Carros sendo levados como se fossem de brinquedo.
Logo começaram as piadas e as perguntas de se... Se você estivesse lá, o que faria? Corria. Filmava. Mergulhava. Subia em árvores. Rezava. Se pudesse escolher alguém pra colocar na praia naquele instante, quem seria? O presidente americano ganhou disparado. Hoje, talvez, o nosso ganhasse. Nem muita água salgada acaba com as obviedades.
Depois da passagem do ano, comecei a perguntar quem havia ganho a corrida de São Silvestre. Hã? Corrida? Sei lá. Passei a ser visto como alienígena. Só é prova de atletismo mais tradicional do Brasil, mas parece que ninguém presta atenção.
Quando voltei pra São Paulo, resolvi ler um pouco sobre o desastre e filtrar as informações que havia recebido. Logo no primeiro jornal que peguei, uma foto me chama a atenção, logo abaixo leio “Luxa faz primeiro treino no real”. Fiquei assustado. Ninguém disse que o Vanderley tinha assumido o time de Madrid. Não liguei mais pra onda. Meu Tsunami foi o Luxemburgo.
Hoje ele nem é mais treinador dos galácticos. Aparentemente está de volta à baixada. Meu word ainda acha que tsunami não existe, grifa a palavra de vermelho. Com certeza, numa próxima versão ele já saberá o que é. Robert Cheruyiot, do Quênia, ganhou a São Silvestre pela segunda vez.
segunda-feira, dezembro 12, 2005
sexta-feira, dezembro 09, 2005
X-mas.
Natal me lembra calor. Suor. Ventilador. Nunca tive ar-condicionado. Deve ser por isso que sempre achei a figura do Papai Noel estranha. Pra quê aquela roupa toda?
Noel é Deus pagão da festividade. Apesar do nosso Salvador ter nascido, celebramos com o bastardo. Não lembro de ter visto um imitador de Jesus receber criancinhas e perguntar o que querem de presente. Ou descer de helicóptero no meio de um estádio ao lado da Xuxa. Seria interessante vê-lo com as chagas, a ferida no bucho, a coroa de espinhos e aquele ar de quem carrega o mundo nas costas no meio do shopping distribuindo folhetos de um fast-food.
Adotamos a figura do gordinho, bocheches róseas, cores da coca-cola e uma bela barba branca. Jogamos fora os presépios, compramos pinheiros de plástico com neve falsa. Neve falsa, quer coisa mais ridícula num país tropical?
Qualquer significado religioso que a data tenha tido, se perdeu há tempos. Fala-se em paz e amor, mas também em promoção imperdível e descontos. Tudo no mesmo comercial.
Não tenho fé. Por isso comemoro o natal. É uma data pra se trocar presentes e começar a fazer o balanço do que foi o ano. Se fosse fiel, não compraria nada. Faria uma festa discreta, com presépio e muita reza. Radical. Seria chamado de louco. Ainda bem que sou cético. Não tenho peso na consciência.
Quando era pequeno, no prédio onde morava, penduravam belas luzes coloridas. Eram grandes bulbos enfeitando as árvores. Depois trocaram por pequenas luzes brancas, sem graça. Enrolaram as árvores. Todo mundo fez o mesmo. Monocromático. Monotonia. Acho que isso resume bem os meus sentimentos.
Noel é Deus pagão da festividade. Apesar do nosso Salvador ter nascido, celebramos com o bastardo. Não lembro de ter visto um imitador de Jesus receber criancinhas e perguntar o que querem de presente. Ou descer de helicóptero no meio de um estádio ao lado da Xuxa. Seria interessante vê-lo com as chagas, a ferida no bucho, a coroa de espinhos e aquele ar de quem carrega o mundo nas costas no meio do shopping distribuindo folhetos de um fast-food.
Adotamos a figura do gordinho, bocheches róseas, cores da coca-cola e uma bela barba branca. Jogamos fora os presépios, compramos pinheiros de plástico com neve falsa. Neve falsa, quer coisa mais ridícula num país tropical?
Qualquer significado religioso que a data tenha tido, se perdeu há tempos. Fala-se em paz e amor, mas também em promoção imperdível e descontos. Tudo no mesmo comercial.
Não tenho fé. Por isso comemoro o natal. É uma data pra se trocar presentes e começar a fazer o balanço do que foi o ano. Se fosse fiel, não compraria nada. Faria uma festa discreta, com presépio e muita reza. Radical. Seria chamado de louco. Ainda bem que sou cético. Não tenho peso na consciência.
Quando era pequeno, no prédio onde morava, penduravam belas luzes coloridas. Eram grandes bulbos enfeitando as árvores. Depois trocaram por pequenas luzes brancas, sem graça. Enrolaram as árvores. Todo mundo fez o mesmo. Monocromático. Monotonia. Acho que isso resume bem os meus sentimentos.
quinta-feira, dezembro 08, 2005
quarta-feira, dezembro 07, 2005
211
"O exorcismo de Emily Rose" (The exorcism of Emily Rose)
dir: Scott Derrickson;
com: Laura Linney, Tom Wilkinson, Campbell Scott e Jennifer Carpenter;
EUA.
dir: Scott Derrickson;
com: Laura Linney, Tom Wilkinson, Campbell Scott e Jennifer Carpenter;
EUA.
terça-feira, dezembro 06, 2005
domingo, dezembro 04, 2005
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