Seria o espectador um tapado? Ou serão os cineastas estúpidos? Depois de ver “Plano de vôo” estas questões passaram a me perseguir.
O filme vai bem, nos envolvendo com suspense e cenas de ação, até que... cagada! Passamos o tempo todo acompanhando a personagem de Jodie Foster. Ela está em todas as cenas. Menos em uma. Quando descobrimos quem é o vilão. Isso provoca uma quebra na narrativa.
É um grande erro. Tão descarado que só posso imaginar que acharam que o público não entenderia a história. Criaram uma cena para explicar. Ou, pior, fizeram e não perceberam.
Ao contar uma história dessas, existem duas opções para seguir. Podem haver mais, mas penso agora em duas. A primeira é montar paralelamente o vilões e seus diabólicos planos, com o herói tentando desvendar a trama. Assim cria-se suspense, com o espectador querendo gritar para o mocinho, “não caia nessa armadilha!”.
Outra maneira, seria centrar as ações em um dos lados - do bem, por exemplo. Aqui a dificuldade é fazer a platéia passar a pensar como o personagem. Assim, quando o vilão for desvendado pelo herói, será também pelo público.
Ao recorrer à uma seqüência que não se encaixa na narrativa, a direção se mostra ineficaz. Não consegue conduzir sem manipular. Se isso fosse só neste filme, menos mal. O problema é que isso é muito comum. O que me faz pensar de novo nas perguntas lá de cima...
depois de velho, continuou tarado.
quinta-feira, outubro 27, 2005
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2 comentários:
mais uma!
quem é viva sempre aparece.
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